A revolta em torno do caso de Madalena Gordiano, a mulher resgatada por auditores do Ministério Público do Trabalho por estar sendo mantida em situação análoga ao trabalho escravo, ganhou as ruas de Patos de Minas. Liderada pelo Movimento Negro Unificado, uma manifestação cobrou o fim do racismo e Justiça para Madalena.
A manifestação aconteceu em frente ao Unipam, local em que professor Dalton César Milagres Rigueira, leciona em Patos de Minas. Artistas, representantes de religiões de matrizes africanas, capoeiristas e integrantes de movimentos sociais participaram do encontro. Eles levaram cartazes para protestar contra o racismo estrutural que persiste no país.
Élida Abreu, coordenadora municipal do Movimento Negro Unificado – MNU – conclamou as pessoas para mudar a realidade no município. “Juntos nós vamos mudar a história dessa cidade. A partir de hoje nós estamos fazendo história e vamos continuar. A gente exige respeito, exige igualdade de fato. A gente exige que cada cidadão, cada cidadã negra dessa cidade, seja encarado e tratado como igual”, disse Élida.
Os manifestantes também cobraram Justiça para o caso Madalena. Segundo denúncia do Ministério Público do Trabalho, Madalena Gordiano passou os últimos 38 anos de sua vida em regime análogo à escravidão. Ela estaria sendo submetida ao trabalho de domingo a domingo, sem carteira assinada ou qualquer outro benefício, como descanso semanal, férias e 13º salário.
Madalena foi resgatada e levada para um abrigo em Uberaba. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público do Trabalho.
O caso não tem nada a ver com racismo. Essa família tem que pagar cada centavo que deve pra Madalena, porém esses que fazem manifestações contra tal ato são os mais racistas, pois gostam de taxar cor, opção e estilo, em si próprios.
Sou preto e concordo com você. Isso aí é política e oportunismo misturado. Um tempo desses tinha uma senhora idosa e branca na mesma situação.