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Mães denunciam abuso sofrido por filhas em banheiro da Escola Estadual Tancredo Neves, em João Pinheiro

As mães relataram, com indignação, que a direção da escola não apoiou as filhas quando souberam do caso

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Um suposto abuso que teria ocorrido na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves em João Pinheiro chamou a atenção de pais e de alunos. Trata-se de um grupo de adolescentes, entre 10 e 16 anos, que relataram às suas mães que um de 17 anos passou a mão em suas partes íntimas dentro do banheiro feminino. Entenda.

Duas mães, Daniela e Adriana, resolveram se identificar para garantir que o caso não fosse abafado e esquecido pelas autoridades. Daniela Soares de Freitas tem 26 anos e cuida da sobrinha, de 16 anos, como se fosse sua filha. Bastante revoltada, Daniela destacou que a menor passou por dois episódios nas mãos do mesmo jovem.

“Na quarta isso já havia acontecido com ela e ela comunicou a diretora, a diretora não deu muita bola. Na sexta, o aluno entrou no banheiro das meninas, começou gravar elas usando o banheiro e ela saiu de dentro do banheiro porque ele tinha passado a mão nas partes íntimas da amiga dela e de uma menina de dez anos”, pontuou Daniela.

Segundo Daniela, a direção da Escola Estadual Tancredo Neves se preocupou em abafar o caso e chegou até mesmo a ameaçar expulsar as adolescentes por elas terem revidado e agredido o rapaz. “Na sexta, ela foi para cima dele para se defender, eles acabaram brigando. Então a vice-diretora conversou com elas, falou para deixar esse caso abafado, que não era para sair do muro da escola que seria resolvido dentro da escola, que não era para avisar os pais e a delegacia.”

Apesar do pedido da direção, Daniela não hesitou e registrou um boletim de ocorrência relatando o caso. Agora, a mulher pretende trocar a filha de escola. “Eu esperava mais da escola, esperava que já tivessem aberto o boletim de ocorrência desde quarta-feira quando foi a primeira vez que minha filha foi tocada. A gente espera que a escola se posicione de uma forma mais certa, que ajudem, que apoiem porque são adolescentes e o mínimo que a gente espera é o apoio. Eu vou tirar ela da escola. Ela está muito chateada, muito magoada.”

Adriana Rosa, 42 anos, contou que sua filha, de 15, passou pela mesma situação com o mesmo adolescente. Ela conta que a direção da escola não entrou em contato para relatar o caso e que ficou sabendo pela própria filha através de mensagens. “Ela me mandou mensagem dizendo que o menino tinha pegado no corpo dela no banheiro, apertou meu seio, pegou no meu bumbum. Eu fiquei esperando que a escola me avisasse, que entrassem em contato comigo. Ninguém entrou em contato com os pais, com os pais das 4 meninas, ficamos em choque. Ele entrou no banheiro não foi a primeira vez, ano passado ele fazia isso com outras adolescentes, entrou tocou nas meninas e depois correu para o masculino.”

A mulher contou, ainda, que a diretora sugeriu que sua filha não era santa como justificativa pelo ocorrido, o que ocasionou ainda mais indignação. “A diretora entrou e falou comigo que a minha filha e a filha da outra mãe não era santa. Não justifica minha filha brincar, conversar com todo mundo, ela não está dando liberdade para ninguém tocar no corpo dela só porque ela brinca, ela conversa com todo mundo. Isso não justifica ela falar que minha filha não é santa, mas ela não está dando a liberdade de outra pessoa tocar no corpo dela, não aceito isso. Isso não pode ficar abafado. Em qualquer escola tem que parar.”

O JP Agora entrou em contato com a Superintendência Regional de Ensino e com a Secretaria de Estado de Educação, em nota foi dito que o Conselho Tutelar foi acionado e que a SRE de Paracatu continuará acompanhando o caso e que a direção escolar segue acolhendo os estudantes.

“Sobre o ocorrido na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, em João Pinheiro, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informa que a gestão da unidade escolar tomou as medidas necessárias assim que teve conhecimento dos fatos na última sexta-feira, 21 de junho. Sobre o estudante acusado, a direção da escola reuniu-se com o seu responsável, que decidiu pela sua transferência de unidade de ensino. O Conselho Tutelar do município também foi acionado. A direção da unidade escolar segue acolhendo as estudantes e suas famílias, que foram reunidas na escola nesta segunda-feira (24). A Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Paracatu continuará acompanhando o caso e avaliará a necessidade de ações pedagógicas para melhoria do clima escolar. Esclarecemos, ainda, que a unidade de ensino não possui estudantes matriculados com idade de 10 anos, pois oferta apenas os anos finais do ensino fundamental. Por fim, a SEE/MG informa que a investigação do caso no âmbito criminal cabe às autoridades competentes, a partir do registro de boletim de ocorrência das famílias, o que foi orientado pela direção escolar.”

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Dany
3 meses atrás

Um absurdo isso. Será que essa diretora e essa vice tem filhos?
Pra pedir pra deixar quieto e não sair da escola o assunto
Meu Deus onde vamos parar
Essas mães tem todo meu apoio
Minha filha estuda lá, e já está avisada se caso alguém fazer isso com ela é pra descer a mão na cara e o resto eu resolvo.
Lugar onde tinha que ser o primeiro a dar apoio e denunciar fazer uma coisa dessas
Porque ele é protegido por elas?
Fica a pergunta

Pintor
3 meses atrás
Resposta para  Dany

Tem mete e o cacete desse safado isso coisa de fazer não isso fácim de acontecer uma tragédia tivesse acontecido isso com filho meu não tinha conversar pode vim pai parente cai tudo na bala

Sou eu
3 meses atrás
Resposta para  Dany

Não só como filhAs, tem netA também!!!!!!!!

Trabalhador
3 meses atrás

Se tivesse câmeras no banheiro ficaria mais fácil de provar esses abusos!
Toda escola ou banheiro público tem que ter câmeras no banheiro na parte externa , isso não tirar a privacidade de ninguém .

Anônimo
3 meses atrás

A polícia tem que investigar a atitude dessa diretora, essa escola não é de hoje que vem dando problemas, parece que fazem vista grossa para as coisas que acontecem lá.

Pe de cana
3 meses atrás

A banana comendo o macaco……tá aí uma coisa que eu não entendo…..pra que conselho tutelar …..serve pra que mesmo….essas meninas num tem pai macho não , ou irmão homem não…..cacete nesse verme

Sou eu
3 meses atrás

Todos sabemos que a cabeça pensante dessa gestão é somente a Helen, a Flávia abre a boca e só fala 1500 tipos de merdas diferentes… “suas filhas não são santas” como se isso justificasse ser abusada. Sorte que não sou mae de uma dessas meninas e ser obrigada ouvir isso. Sem dúvida eu agredia elas

Dany
3 meses atrás

Será que se as meninas fossem filhas da diretora e da vice pediriam pra abafar o caso também?

Sou eu
3 meses atrás

Mas não se pode esperar muito dessa gestão lixo não, pagando o mal que já fizeru

AntiEsquerda
3 meses atrás

Já pesou si este banheiro fosse unisex igual nosso governo quer???

Professor Brasilândia
3 meses atrás

Isso é culpa de uma superintendência de ensino preguiçosa. Só fica em Paracatu, não roda as escolas da região. Não penaliza servidores criminosos mas persegue denunciantes.