Após o desabamento do muro de uma casa abandonada que atingiu uma residência vizinha na rua Treze de Maio, no bairro Jardim Bela Vista, em João Pinheiro, os moradores afetados, Rosana Menezes dos Santos, 41 anos, e Alessandro Borba Camelo, 39 anos, relataram momentos de desespero e pânico durante o incidente. A forte chuva que atingiu a cidade na última quinta-feira (31) causou a queda de um muro de arrimo, danificando a casa onde Rosana e Alessandro moram com o filho pequeno.
Em entrevista, Rosana contou sobre o susto que viveu no momento do desabamento. “Foi muito desespero. A gente tinha saído para fazer compras e, quando voltamos, estávamos guardando as coisas. Enquanto meu marido, Alessandro, guardava nossas compras, eu fui levar as da minha vizinha. De repente, comecei a escutar o Alessandro gritando meu nome. Quando voltei, ele estava desesperado, me dizendo que o muro tinha caído em cima da nossa casa”, relatou Rosana.
O desabamento ocorreu enquanto Rosana estava na casa da vizinha, e Alessandro estava na residência com o filho. Segundo Alessandro, foi um verdadeiro livramento que ninguém tenha se ferido. “Nosso filho estava assistindo TV na sala, e eu estava arrumando o cortinado para colocá-lo no quarto. Quando fui buscá-lo, o muro de arrimo desabou, destruindo tudo no quarto. Se ele já estivesse lá, poderia ter sido atingido”, contou emocionado.
Rosana também destacou a falta de condições financeiras para arcar com os danos ou se mudar. “Nós estamos aguardando alguma solução, porque não temos condições de sair daqui do nada e entrar em um aluguel. O aluguel está muito caro e não temos como pagar. Esperamos que alguém se responsabilize por isso, porque não podemos arcar com tudo sozinhos”, desabafou.
O casal ainda aguarda uma posição sobre quem será responsabilizado pelos prejuízos causados pelo desabamento. De acordo com Alessandro, a dona da casa abandonada já está ciente do ocorrido e a expectativa é de que haja uma resolução através das autoridades competentes. “Estamos esperando para ver o que vai ser resolvido, porque não temos culpa da situação do muro da casa abandonada. Foi um terror, mas agora esperamos que a justiça seja feita”, afirmou Alessandro.
A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros continuam monitorando a situação, e uma vistoria completa será realizada para avaliar os riscos estruturais restantes. O desabamento deixou marcas não apenas materiais, mas emocionais na família, que agora busca uma solução para reconstruir suas vidas após o susto.