“Ele não tem culpa nisso”, diz esposa de suspeito preso por arremessar pedras em carretas na BR-040, em João Pinheiro

Daniela disse que marido é inocente e que confessou por medo

A prisão de um novo suspeito de arremessar pedras contra carretas na BR-040 movimentou a cidade de João Pinheiro nesta sexta-feira (17). Bruno, de 28 anos, teria confessado a autoria do ataque ocorrido no dia 15 de janeiro, mas sua esposa o defendeu dizendo que a confissão pode ter sido por medo.

Segundo informações, Bruno seria o autor dos ataques e foi encontrado com as mesmas roupas registradas no vídeo. Ele confessou aos policiais ter cometido os crimes e afirmou que a motivação foi uma “trolagem” enquanto estava sob efeito de entorpecentes. A prisão ocorreu em sua residência, no bairro Santa Cruz 2, em João Pinheiro.

Ouvida pela imprensa, Daniela falou que o marido é inocente e que não tem envolvimento com os ataques. “Ele não tem culpa nisso daí. No momento que aconteceu, ele tinha ido levar uma bicicleta para uma moça que vendeu. Temos provas, mensagens que ele foi na casa dela. Na volta, ele passou no BH e comprou mistura lá para casa que a gente não tinha, vendeu a bicicleta para pagar. Ele trabalha, mas licenciou ele do serviço porque não está saindo semente.”

Questionado se Bruno tinha relação de amizade com os demais suspeitos, Daniela respondeu que o marido não sai de casa. “Ele não tem amizade com ninguém, nem de casa ele sai. Na casa da mãe dele é bem difícil a situação financeira e se ele assumiu é porque ele está com medo, ele não tem culpa nisso aí. Deus não é pai, ele é padrasto e vai mostrar a verdade meu marido não tem culpa, ele assumiu por medo. Ele nem na Ruralminas ele não vai.”

Conforme noticiado, os policiais localizaram, na residência do casal, o que seriam as roupas utilizadas pelo autor do ataque do dia 15 de janeiro. Sobre isso, Daniela insistiu que o marido é inocente. “Essa calça está limpa, ele pegou na hora que os polícia chegou em casa. Ele pegou, vestiu ela correndo porque a polícia estava lá dorme de cueca. A calça que ele estava no dia que foi vender a bicicleta é verde escura e uma bermuda por baixo. A bermuda do meu menino de 10 anos rasgou e ele jogou fora na rodoviária, rasgou todinha. Essa culpa ele não carrega, ele estava de chinelo.”

O caso será objeto de inquérito, que deve ser finalizado em breve. A nova prisão renovou as esperanças dos caminhoneiros que circulam pela BR-040 de poderem trabalhar com segurança.

Relembre o caso

Os ataques a caminhões na BR-040 começaram a ser investigados após motoristas denunciarem que estavam sendo alvos de pedras arremessadas por criminosos, causando prejuízos materiais e colocando vidas em risco. No mês passado, a Polícia Civil prendeu os primeiros suspeitos.

No dia 16 de dezembro de 2024, Gabriel Antônio Borges Soares e Alecsander foram detidos sob suspeita de participação nos ataques. Gabriel permaneceu preso, enquanto Alecsander foi liberado no mesmo dia após negar envolvimento nos crimes.

As investigações avançaram depois que uma carreta da JSL Transportes flagrou um dos ataques por meio de câmeras de segurança na última quarta-feira, 15 de janeiro. As imagens mostraram o exato momento em que um homem lançou uma pedra contra o caminhão, assustando o motorista, que conseguiu se proteger. Apesar do susto, a pedra atingiu o para-brisa e causou apenas danos materiais.

Na sequência, Bruno foi identificado como possível autor desse ataque e preso nesta sexta-feira, 17 de janeiro. As roupas encontradas em sua casa seriam as mesmas do suspeito registrado nas imagens da carreta. No entanto, esposa do suspeito nega sua participação nos crimes.

Na operação conjunta de hoje entre a Polícia Civil e Militar outros três suspeitos foram conduzidos para prestar esclarecimentos à autoridade policial, sendo Gabriel, que se encontra preso, Alecsander que foi preso e solto em 16 de dezembro do ano passado após negar participação nos crimes e um menor de idade, todos são apontados como suspeitos de integrarem esse grupo que estaria atacando motoristas.

A nova prisão reacendeu as esperanças dos caminhoneiros que trafegam pela rodovia, que temiam novos ataques. O caso segue sob investigação, e a Polícia Civil busca esclarecer todos os detalhes antes de concluir o inquérito.

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