Polícia indicia mulher por estelionato contra jornalista que investiu R$ 74 mil em negócio fraudulento em João Pinheiro

Investigação aponta que suspeita convenceu a vítima a investir R$ 74 mil em um negócio baseado em informações falsas

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou Géssica Borges, de 32 anos, pelo crime de estelionato, após investigações apontarem que ela teria induzido o jornalista Jefferson Oliveira, do Sputnik Voz do Povo, a investir R$ 74 mil na compra de 50% de uma empresa. O caso ocorreu entre dezembro de 2023 e abril de 2024, em João Pinheiro, no Noroeste de Minas.

Segundo a PCMG, a suspeita apresentou informações falsas sobre a situação financeira do negócio e omitiu que os bens da empresa estavam em inventário do falecido marido, o que impossibilitava qualquer venda.

De acordo com a advogada da vítima, Sulamita Couto, Jefferson foi enganado e levado a investir em um negócio que, na realidade, não existia da forma como foi apresentado. Segundo a defesa, Géssica se aproveitou da boa-fé do jornalista, levando-o a acreditar que estava adquirindo parte de uma empresa sólida. “Ele conseguiu cessar o prejuízo em R$ 74 mil, mas poderia ter sido um valor muito maior, já que inicialmente ele acreditava estar investindo algo em torno de R$ 150 mil”, afirmou a advogada.

No negócio fraudulento, o jornalista amargou prejuízos e não recebeu sequer um real do dinheiro que investiu na empresa.

Em depoimento, Géssica negou ter cometido o crime e afirmou que foi Jefferson quem propôs a sociedade, mas depois desistiu. Segundo ela, os valores recebidos foram utilizados para quitar dívidas antigas da empresa.

Contudo, a investigação concluiu que houve a prática de estelionato, baseando-se em testemunhos, análise de documentos e registros bancários. O delegado responsável pelo caso, Danniel Pedro, explicou que as provas foram determinantes para a conclusão do inquérito. “As investigações demonstraram que a suspeita utilizou informações falsas para induzir a vítima a fazer o investimento, omitindo fatos essenciais sobre a empresa e causando prejuízo financeiro significativo.”

Com a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado à Justiça, e a defesa da vítima busca que os valores sejam ressarcidos e que a investigada responda pelo crime de estelionato.

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