Vitória! Após transplante de medula, pinheirense de 7 anos vence doença rara e passa o Dia das Crianças em casa

A pequena pinheirense de 7 anos, que mobilizou a cidade em campanhas de doação de sangue, recebeu a medula do próprio pai e agora se recupera em casa, ao lado da família

Após quase um ano de uma intensa batalha pela vida, a pequena Maria Fernanda, hoje com 7 anos, está de volta a João Pinheiro. Diagnosticada com anemia aplástica severa, uma doença rara que paralisou sua medula óssea, a menina passou por um transplante bem-sucedido e agora celebra o Dia das Crianças em casa, um marco de esperança para a família e para toda a comunidade que se uniu em orações e doações.

A jornada começou em novembro de 2024, Maria Fernanda tinha 6 anos de idade, quando manchas roxas e um sangramento no nariz levaram a família ao hospital. “A gente descobriu no dia 17 de novembro. Ela começou a passar mal, com manchinhas roxas que pareciam hematomas”, relembrou Isamara, mãe de Maria Fernanda. O diagnóstico inicial, suspeita de leucemia, foi descartado, confirmando a anemia aplástica severa, uma condição em que a medula para de produzir células sanguíneas.

Durante o tratamento em Patos de Minas, Maria Fernanda enfrentou uma infecção hospitalar grave, mas superou a complicação. A única esperança de cura, segundo os médicos em Belo Horizonte, era o transplante de medula. A família encontrou um doador compatível dentro de casa, o próprio pai. “Graças a Deus o pai dela deu o compatível. No dia 31 de julho ela recebeu a medula e, no dia 15 de agosto, a medula dela pegou”, conta a mãe Isamara, emocionada.

A vinda para João Pinheiro foi uma autorização especial da equipe médica para que a menina pudesse comemorar o Dia das Crianças e outras datas importantes perto da família, após meses de isolamento hospitalar. “Chegamos no dia 9 de outubro e vamos retornar amanhã, dia 16. A médica autorizou ela vir”, explicou Isamara.

Apesar da alegria, os cuidados continuam. Maria Fernanda ainda está com a imunidade baixa e precisa usar máscara. A alta definitiva está prevista para meados de novembro. “A cura já veio. A partir do momento que ela faz o transplante e a medula pega, ela está curada, graças a Deus”, comemora a mãe.

Alerta da família: ajuda foi apenas com doação de sangue

A mãe de Maria Fernanda fez questão de agradecer o imenso apoio que recebeu da população, mas aproveitou para fazer um alerta importante, a família nunca solicitou ajuda financeira. As campanhas sempre tiveram como único objetivo a doação de sangue.

“O pessoal, na realidade, falou que doou para a gente um dinheiro. Porém, a gente não teve conhecimento e não recebeu ajuda de custo de ninguém”, esclareceu Isamara. Ela reforça que todas as despesas extras foram custeadas pela própria família. “Foi somente a família mesmo, os irmãos, meus irmãos, os irmãos do meu esposo, que é o pai dela, e os avós. Somente nós mesmo.”

A família pede que a população fique atenta e não realize doações em dinheiro a terceiros que usem o nome de Maria Fernanda, pois a única ajuda solicitada e recebida foi a solidariedade através das doações de sangue no Hemominas, que foram fundamentais para o tratamento.

Agora, a expectativa é pela volta à rotina. Se tudo correr bem, no próximo ano Maria Fernanda poderá tomar todas as vacinas novamente e, finalmente, voltar para a escola. Uma nova vida, conquistada com muita luta, fé e a solidariedade de toda uma cidade.

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