Homem espanca e enforca esposa até desmaiar na frente das três filhas pequenas em João Pinheiro

Uma briga motivada por ciúmes em um bar na Vila São Sebastião, Lajes, em João Pinheiro, escalou para um grave caso de violência doméstica na madrugada de 27 de outubro, resultando na prisão de Genivaldo Ribeiro da Silva, de 29 anos. Ele é suspeito de agredir, enforcar até o desmaio e manter sua companheira, uma jovem de 23 anos, em cárcere privado na residência do casal.

A Polícia Militar foi acionada por volta da 01 hora da madrugada, após a vítima conseguir escapar e pedir socorro na casa de uma vizinha na Vila São Sebastião. Segundo os relatos contidos no boletim de ocorrência, a discussão entre o casal começou em um bar e continuou na residência. 

Lá, Genivaldo teria trancado a porta para impedir a saída da mulher. Em seu depoimento, a vítima narrou que foi empurrada, jogada no chão e agredida. O ato mais grave teria ocorrido quando o companheiro a enforcou a ponto de fazê-la perder a consciência. “Eu estava ficando sem ar, desmaiei e, quando acordei, estava no chão e tinha feito xixi nas calças”, relatou a jovem em seu depoimento.

Mesmo após o desmaio, as agressões teriam continuado. A briga teria acontecido na presença das três filhas da vítima, de 10 meses, 4 e 6 anos. A filha mais velha chegou a relatar aos policiais que viu Genivaldo agredindo sua mãe. Em um momento de desespero, a vítima conseguiu entregar sua filha mais nova, de 10 meses, pela janela para uma amiga e, com a ajuda de vizinhos que ouviram seus gritos de socorro, conseguiu finalmente fugir e pedir ajuda.

O SAMU foi acionado e prestou os primeiros socorros à vítima, que estava em crise de ansiedade e foi encaminhada para a UPA de João Pinheiro. O laudo médico confirmou hematomas, escoriações e dores consistentes com a esganadura. Genivaldo, que negou as agressões e alegou ter apenas discutido com a companheira, também apresentava arranhões no pescoço, que segundo ele, foram causados por terceiros que intervieram na briga.

Genivaldo Ribeiro da Silva foi preso em flagrante e, em audiência de custódia, a Justiça converteu sua prisão em preventiva. A decisão destacou a gravidade dos fatos e o risco à integridade física da vítima, mantendo-o preso enquanto o caso é investigado.