A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), através da Delegacia de Presidente Olegário, avançou nas investigações contra uma organização criminosa especializada em furto de gado, que aterrorizava produtores rurais do Noroeste Mineiro. No desdobramento da Operação Cerca Dividida, deflagrada no início do mês, a Justiça converteu as prisões temporárias de dois investigados, de 27 e 31 anos, em prisões preventivas. Agora, as forças de segurança concentram esforços para localizar e prender um terceiro envolvido, de 26 anos, que se encontra foragido.
Segundo apurado pelo JP Agora, a investigação revelou um modus operandi baseado na traição e na proximidade. O mentor do grupo, o homem de 31 anos que já está preso, era vizinho da vítima. Valendo-se dessa condição privilegiada, ele monitorava a rotina da propriedade rural para facilitar a subtração dos animais sem levantar suspeitas imediatas. O grupo atuava de forma estruturada e coordenada nas regiões de Presidente Olegário, Lagamar e Lagoa Grande.
O Ministério Público já ofereceu denúncia contra o trio, que foi prontamente recebida pelo Poder Judiciário. Os envolvidos agora respondem pela prática de cinco crimes de furto de gado, quatro crimes de estelionato, caracterizados pela revenda dos animais furtados como se fossem de sua propriedade legítima, e associação criminosa.
O Delegado responsável pelo caso, Dr. Vinícius Volf Vaz, ressaltou a importância da medida judicial para a ordem pública. “A conversão das prisões temporárias em preventivas e o recebimento da denúncia demonstram a solidez do trabalho investigativo. Trata-se de um grupo que atuava de forma organizada, reiterada e com divisão de tarefas, causando prejuízos significativos aos produtores rurais da região”, afirmou o delegado.
Entenda o caso
A Operação Cerca Dividida teve seu ponto de partida em outubro, quando a Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, recuperou sete cabeças de gado no dia 28 daquele mês. A ousadia dos criminosos era tamanha que os animais, furtados de uma fazenda na região das Palmeiras, em Lagamar, foram localizados dentro do Parque de Exposições de Patos de Minas, já em um lote destinado à venda em um leilão semanal.
A Polícia Civil reforça que as diligências continuam para capturar o investigado de 26 anos e garantir a completa responsabilização penal de todos os envolvidos, visando restabelecer a sensação de segurança no meio rural.
