A Polícia Militar registrou na madrugada desta sexta-feira (27) um caso grave envolvendo a COVID-19. Um bebê de apenas 1 mês e 29 dias chegou entubado na cidade, mas só conseguiu atendimento após intervenção da guarnição policial. A criança estava acompanhada da mãe e de uma médica que informou a suspeita de que o bebê teria contraído o Coronavírus.
A Polícia Militar foi acionada por volta de 0h25 a comparecer no Hospital São Lucas. De acordo com informações da Polícia Militar, o bebezinho se encontrava acompanhado da mãe de 26 anos e uma médica de Paracatu. A família mora na Chapada Gaúcha de Minas e vieram de ambulância até Patos de Minas.
A médica que tratava a criança relatou para os policiais que o bebê apresentava sintomas de gripe há cinco dias e há dois estava com febre. A princípio, a suspeita era de que ela estava com bronquite viral. No entanto, após tomarem conhecimento por meio da mãe que o garotinho teve contato há alguns dias com pessoas que estiveram viajando, suspeitaram da possibilidade da COVID-19.
Foi feito o teste, mas o resultado não ficou pronto. Ela informou que após fazer o cadastro no SUS Fácil na cidade de Unaí, a criança foi admitida no hospital São Lucas, no entanto, ao chegarem em Patos de Minas, os responsáveis pelo hospital disseram que no local não havia estrutura isolada com UTI neonatal e nem EPIs para internação da criança.
A profissional informou que a criança estava entubada e que, na ambulância, não havia oxigênio suficiente para retornarem ao local de origem. Diante disso, os policiais foram até o Hospital Regional para verificar a possibilidade de estarem recebendo a criança. Porém, o Regional também não aceitou receber a criança.
A justificativa por não receber é que o bebê precisaria ficar em área isolada de neonatal, mas este local estava com capacidade máxima preenchida e, se deixassem ele na emergência, inviabilizaria o local para outros pacientes e atendimento. Dessa forma, a guarnição foi novamente para o São Lucas e, após diálogo com a equipe de profissionais de saúde que lá se encontrava, resolveu receber a criança.
Uma área do CTI neonatal foi isolada e os próprios militares conseguiram conjuntos de EPIs para os profissionais realizarem seus trabalhos com segurança até o amanhecer, resolvendo definitivamente o impasse.
Que situação meu Deus, isso é um absurdo!