Após morte de pais e irmã no Rio Paracatu em Brasilândia, família inicia campanha para amparar meninos órfãos

Rodrigo Rocha e Ediléia Nobre morreram tentando salvar a filha Rebeca; agora, familiares buscam ajuda para custear o futuro dos outros dois filhos do casal, de 3 e 9 anos, que ficaram órfãos

Uma semana após a trágica morte de um casal e sua filha de 5 anos em um afogamento que comoveu o Noroeste de Minas, a família enlutada se mobiliza em uma corrente de solidariedade para garantir o futuro dos dois meninos que sobreviveram. Rodrigo Rocha, 34, e Ediléia Nobre, 32, morreram como heróis ao tentarem salvar a pequena Rebeca, que era arrastada pela correnteza do Rio Paracatu, em Brasilândia de Minas. Agora, os outros dois filhos do casal, de 3 e 9 anos, que estão sob os cuidados de um sobrinho dos falecidos, são o foco de uma campanha que busca oferecer o mínimo de amparo após uma perda tão devastadora.

Em uma carta aberta que circula nas redes sociais, um sobrinho da família expressou a dor e a gratidão pelo apoio recebido, mas também fez um apelo comovente. “Esse além de um agradecimento, é também um pedido, pois os pequenos que ficaram têm suas necessidades a serem atendidas. Creio que esse é o melhor momento para abraçarmos essa causa”, escreveu ele. A campanha busca arrecadar fundos para as despesas das crianças, incluindo o crucial acompanhamento psicológico para lidar com o trauma. As doações podem ser feitas pela chave PIX: 38999966538, em nome de José Geraldo Nobre de Oliveira.

A família, descrita por amigos como “unida, carinhosa e muito fiel”, era membro ativo da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Rodrigo era um barbeiro conhecido e querido na cidade, e Ediléia se dedicava ao ministério das crianças na igreja. “Todos nós estamos de luto”, disse uma amiga próxima. A perda repentina do casal e da filha mais nova deixou um vazio imensurável na comunidade e, principalmente, na vida dos dois meninos que agora precisam recomeçar sem os pais e a irmã.

Relembre a tragédia

O afogamento aconteceu na tarde do domingo, 28 de setembro, sob a ponte da rodovia MG-680, em Brasilândia de Minas. A família estava em um momento de lazer quando a pequena Rebeca, de 5 anos, que brincava na parte rasa, foi arrastada pela correnteza. Sua mãe, Ediléia, mesmo sem saber nadar, pulou na água para salvá-la.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o pai, Rodrigo, que sabia nadar, mergulhou em uma tentativa desesperada de socorrer as duas, empurrando-as alternadamente em direção à margem. Contudo, o esforço físico e o desespero das vítimas o levaram à exaustão, e os três foram vencidos pela força do rio. Os corpos de mãe e filha foram encontrados abraçados, uma cena que simbolizou o amor incondicional da família até o último momento.

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