InícioPoliciaisChacina em igreja de Paracatu completa 1 ano sem autor ser julgado;...

Chacina em igreja de Paracatu completa 1 ano sem autor ser julgado; parentes ainda vivem o luto e a revolta

Rudson sendo condenado, pode pegar mais de 100 anos de prisão pelos crimes cometidos

Publicado em

Hoje dia 21 de maio,completou um ano da chacina dentro de uma igreja evangélica em Paracatu. O crime bárbaro, aconteceu no dia 21 de Maio de 2019,na igreja Batista Shalom no bairro Bela Vista.

O aterrorizante momento vivido por um grupo de fiéis que estavam reunidos orando na igreja, quando chegou o atirador Rudson Aragão Guimarães, na época com 39 anos, atirando contra todos.

A tragédia gerou repercussão internacional e hoje passando um ano, ainda é difícil esquecer e entender o que realmente levou Rudson a matar a ex-namorada e mais três pessoas dentro da igreja naquela noite. Rudson ainda não foi julgado pelo crime, que destruiu famílias e traumatizou comunidades evangélicas em Paracatu. Sendo condenado, Rudson pode pegar mais de 100 anos de prisão pelos crimes cometidos.

A delegada responsável pelas investigações da época, Thays Regina Silva, deu detalhes sobre a conclusão do inquérito e explicou o que teria motivado Rudson  a matar a ex-namorada Heloisa Vieira Andrade, de 59 anos e mais três fiéis da igreja.

De acordo com as investigações, Rudson havia sido afastado da liderança da célula de oração da igreja e excluído de um grupo de Whatsapp da igreja, devido mal comportamento. Isso teria despertado a ira dele. Heloisa também teria sido afastada da liderança da célula, devido à situação do relacionamento dos dois, mas ela participava das intercessões da igreja. Contudo, Rudson não quis mais participar dos trabalhos da igreja, após ter sido afastado da direção da célula e ter sido excluído do grupo do Whatsapp.

A motivação do crime estaria ligado ao afastamento de Rudson da liderança de célula  e do grupo de whatsapp da  igreja, o que teria alimentado nele uma vontade de vingança contra a Ex-namorada e o pastor da igreja.

Segundo Thays, Rudson teria premeditado o crime, uma vez que chegou a distribuir bens particulares para alguns familiares, dizendo que iria embora, chegando demostrar um comportamento estranho.  Rudson ao saber que a ex-namorada estava na casa de sua irmã, pegou um canivete e se deslocou  até a casa da irmã. Ao chegar na residência, Rudson não cumprimentou a Ex, e disse que a mataria, desferindo um golpe no pescoço de Heloísa, que chegou a ser socorrida, mas acabou morrendo.

Após esfaquear a ex-namorada, Rudson tentou fugir no carro da irmã, que sempre ficava com a chave na ignição, mas naquele dia, a chave não estava no veículo e Rudson questionou a irmã sobre a chave do veículo. Transtornado, Rudson deslocou até sua casa, pegou a arma de fogo e seguiu para a igreja Batista Shalom, onde arrancou a grande de proteção e invadiu a igreja em busca de matar o pastor Evandro.

De acordo com Thays, Rudson invadiu o templo procurando matar o pastor Evandro, porém o pastor havia conseguindo sair da igreja a tempo. Rudson muito irado, atirou no pai do pastor, Antônio Rama e em mais duas fiéis, Rosangela Albernaz e Marilene Martins de Melo Neves. A terceira vítima, chegou a ser refém de Rudson quando a polícia chegou na igreja e mesmo com o diálogo dos militares, o criminosos se recusou a soltar a vítima, atirando contra a cabeça dela.

As investigações ainda apuraram que Rudson teria  trocado com um vizinho um Arco flecha na garrucha calibre 36, utilizada na chacina. Na última terça-feira (28), policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão em diversas residências. Em uma delas, foi encontrada grande quantidade de armas e munições de calibres restritos e irrestritos. O homem flagrado com o material confessou à Polícia que teria vendido a arma do crime para Rudson.

Rudson se for condenado, vai responder por quatro homicídios com duas qualificadoras, sendo motivo torpe e sem possibilidade de defesa das vítimas e também por uma tentativa de homicídio contra o pastor Evandro Rama. Rudson não demonstrou arrependimento do crime e nem deu maiores detalhes, contou a delegada.

Após cometer o crime, Rudson tentou ainda contra a própria vida dentro do hospital municipal de Paracatu. Rudson, não ficou preso no presidio de Paracatu, pelo risco de ser morto por outros presos e ficou rodando de presídios em presídios, sendo transferido na época para penitenciaria do complexo Penitenciário em Carmo do Paranaíba, no Alto Paranaíba e depois para a Penitenciária de Patrocínio, no dia 19 de Julho de 2019.

Assinar
Notificar

Termo

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do JP Agora. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O JP Agora poderá remover, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos ou que estejam fora do tema da matéria comentada. É livre a manifestação do pensamento, mas deve ter responsabilidade!


0 Comentários
Mais votados
Mais recente Mais antigos
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários