Um ato de extrema crueldade contra um animal chocou os moradores de Brasilândia de Minas e gerou uma onda de revolta. Um cachorro comunitário, carinhosamente conhecido como “Anjinho”, foi encontrado amordaçado e abandonado em um terreno baldio no bairro Planalto. Apesar de ter sido socorrido, o animal não sobreviveu e, segundo avaliação veterinária, morreu de desidratação severa.
A história veio à tona através de um vídeo que viralizou nas redes sociais, mostrando dois homens encontrando “Anjinho” com a boca firmemente amarrada, impedindo-o de beber ou comer. Eles conseguiram remover a mordaça, mas o cão já estava visivelmente fraco. O animal era conhecido e querido na comunidade, sendo castrado, vacinado e cuidado por diversos moradores.
Após ser solto, populares ofereceram água, mas o estado de debilidade já era avançado. Horas depois, no período da noite, voluntários do grupo de proteção Conecta Pet encontraram o cachorro já sem vida, caído em uma poça d’água. A equipe de zoonoses foi acionada e, com o auxílio de uma veterinária parceira do grupo, a causa da morte foi confirmada.
O JP Agora entrou em contato com a Sargento Amanda, protetora dos animais e comandante do destacamento da Polícia Militar Ambiental de João Pinheiro. A Sargento classificou a situação como “revoltante e extremamente cruel” e fez um alerta importante sobre a legislação.
“Queria deixar bem claro que essas situações que envolvem maus-tratos a cães e gatos têm uma penalidade bastante efetiva e a pena é de prisão, de 2 a 5 anos. As pessoas responsáveis por esses tipos de crime, se identificadas, podem ser presas”, afirmou a sargento.
Uma força-tarefa informal, composta por voluntários, está em busca de imagens de câmeras de segurança e informações que possam levar ao autor do crime. Um boletim de ocorrência foi registrado pelo grupo de proteção animal.
A Polícia Ambiental reforça o pedido para que a população denuncie casos de maus-tratos, de forma anônima pelo Disque Denúncia 181 ou diretamente à Polícia Militar pelo 190.