O Delegado de Polícia Civil Danniel Pedro, da 6ª Delegacia de Polícia Civil de João Pinheiro, indiciou o casal Sara Silveira Gonçalves e João Paulo Silva de Souza, ambos de 21 anos, por homicídio qualificado do próprio filho, um bebê de um mês, em março de 2022. O indiciamento marca o fim das investigações e o caso seguirá, agora, para o Ministério Público. Entenda.
A reportagem do JP Agora cobriu o caso desde a primeira notícia de que o bebê havia falecido, em 2022. À época, Sara relatou à PM que a criança havia falecido enquanto dormia e sustentou a versão para a Polícia Civil por mais de um ano, vindo a confessar o crime enquanto prestava depoimento pelas agressões gravíssimas cometidas a seu outro filho, também bebê, este com dois meses de vida.
“A genitora confessou que, na verdade, quem foi o responsável pela morte dessa criança foi o pai, que a criança estava chorando enquanto ele dava mamadeira, a criança chorava, e ele bastante nervoso e motivado por ciúmes com relação à esposa, ele acabou amarrando a genitora e com ajuda de um travesseiro, sufocou a criança até a morte. À época, o laudo apontou que a causa da morte da criança pode ter sido asfixia mecânica, o que corrobora com a versão da genitora nesta segunda-feira (22)”, destacou o delegado Dr. Danniel Pedro em coletiva de imprensa concedida no dia 24 de maio.
Diante do esclarecimento, a Polícia Civil conseguiu concluir o inquérito e autoridade Dr. Danniel Pedro indiciou Sara e João Paulo pelo homicídio do filho.
“Durante as investigações, constatou-se que a versão apresentada pela suspeita não condizia com a realidade, e que a teria apresentado apenas para se eximir da responsabilidade do crime cometido contra o próprio filho. O casal já possui um histórico de violência doméstica familiar, inclusive, o homem está sendo denunciado pelo Ministério Público por crime de lesão corporal em situação de violência doméstica”, destaca Danniel Pedro, em nota oficial enviada à redação do JP Agora.
Com o indiciamento, o processo segue, agora, para o Ministério Público, que denunciará os dois por homicídio qualificado. Se condenados, ambos podem pegar até 40 anos de prisão. Sara e João Paulo seguem presos preventivamente.
Maconheiro vai comer o pão que o diabo amassou