A Polícia Civil concluiu a investigação sobre a morte trágica de quatro jovens mineiros em Balneário Camboriú, apontando para o indiciamento do dono de uma oficina e um funcionário envolvidos na instalação inadequada de uma peça automotiva na BMW onde as vítimas foram encontradas. O caso, marcado pela perda de Gustavo Pereira Silveira Elias de 24 anos, Tiago de Lima Ribeiro de 21 anos, Karla Aparecida dos Santos de 19 anos e Nicolas Koyaleski de 16 anos, ocorreu no início do Ano Novo, desencadeando uma profunda investigação sobre as circunstâncias que levaram à tragédia.
A análise técnica identificou que uma peça, instalada de forma precária em substituição ao catalisador original do veículo, rompeu-se, liberando altos níveis de monóxido de carbono no interior da BMW. Essa modificação, realizada em julho de 2023 em uma oficina de Aparecida de Goiânia (GO), não seguiu os padrões de qualidade exigidos, resultando em uma concentração letal do gás tóxico, suficiente para causar a morte por asfixia em até duas horas.
As vítimas, que haviam viajado para comemorar a virada do ano, morreram asfixiadas pela inalação de monóxido de carbono, com medições indicando 1.000 ppm do gás, um nível consideravelmente acima do limite seguro. A instalação inadequada da peça foi apontada como a causa direta do vazamento de gás, levando ao indiciamento dos responsáveis pela oficina por quatro homicídios culposos, onde não há intenção de matar.
A defesa da oficina argumenta que a modificação no escapamento foi feita por uma empresa terceirizada, embora não tenham sido fornecidos detalhes sobre a origem e a produção da peça substituta. O caso reacende preocupações sobre a segurança de modificações veiculares e a importância da qualificação técnica na prestação de serviços automotivos.