Duas mulheres, de 56 e 52 anos, foram presas e conduzidas ao quartel da Polícia Militar após serem acusadas de desacatar técnicas de enfermagem da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de João Pinheiro. O caso aconteceu por volta das 12h20 desta última quarta-feira, 13 de novembro.
De acordo com informações, a situação começou quando uma paciente, irmã das duas mulheres, deu entrada na UPA e estava aguardando atendimento. A paciente, que estava debilitada, fez suas necessidades enquanto aguardava. A filha da paciente, que havia sido chamada para acompanhá-la, pediu às técnicas de enfermagem que limpassem e trocassem a sua mãe, mas foi informada que não havia profissionais suficientes para tal naquele momento. Em seguida, ela ligou e chamou suas tias, irmãs da paciente, e contou a situação.
As irmãs da paciente chegaram à UPA e foram convidadas a entrar no local de atendimento. Segundo as técnicas de enfermagem, as mulheres entraram filmando e passaram a desacatar a equipe, chamando as profissionais de “vagabundas”. Em defesa, as mulheres alegaram que foram autorizadas a entrar no consultório, mas que, por estar com o telefone na mão, uma das técnicas de enfermagem interrompeu o atendimento, cruzou os braços, bateu o pé no chão e afirmou que só continuaria se elas parassem de filmar ou saíssem do local. As acusadas negaram ter filmado qualquer procedimento em andamento.
Outras técnicas de enfermagem que estavam no local testemunharam a favor das colegas, confirmando o relato de desacato. As mulheres, que são irmãs da paciente, foram então presas em flagrante e conduzidas ao quartel da Polícia Militar para registro da ocorrência. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi assinado e, em seguida, as duas foram liberadas.
O desacato a funcionário público no exercício de suas funções é tipificado no artigo 331 do Código Penal Brasileiro, e a pena prevista é de detenção de seis meses a dois anos, ou multa. O caso agora segue para análise das autoridades competentes.