As forças de segurança de João Pinheiro se uniram em uma importante ação de conscientização na manhã desta sexta-feira, 22 de agosto. As polícias Civil, Militar e Penal realizaram uma blitz educativa em alusão ao “Agosto Lilás”, mês de enfrentamento à violência contra a mulher.
Durante a blitz, as equipes abordaram motoristas e pedestres, distribuindo panfletos e orientando a população sobre os canais de denúncia e a rede de apoio disponível para as vítimas. A iniciativa, que celebra os 19 anos da Lei Maria da Penha, foi elogiada por quem passava pelo local. “Eu acho uma ação muito importante, que visa alertar a população e as mulheres que precisam mesmo desse acompanhamento”, comentou a advogada Keila.
A Sargento Caren, da Polícia Militar, explicou que a campanha busca mostrar às vítimas que elas não estão sozinhas. “É um momento de reflexão e de orientação às mulheres que sofrem esse tipo de violência. Nós, da polícia militar, desenvolvemos um acompanhamento com a vítima e com o autor, e a nossa intenção é a quebra do ciclo da violência”, destacou.
O ciclo de violência também foi o ponto abordado por Helen, assistente social do presídio. “Quebrar o silêncio é o início. A gente vê várias vítimas que se sentem presas em um ciclo que, infelizmente, não encerra. Essa campanha é um chamado, um apelo para que esse ciclo se encerre na nossa sociedade”, afirmou.
Representando a Polícia Civil, a investigadora Daiane Xavier enviou uma mensagem de coragem às mulheres, reconhecendo as dificuldades que muitas enfrentam. “A gente entende que é muito complicado dar esse primeiro passo, sair de um relacionamento abusivo, por dependência emocional ou financeira. Mas saiba que há acolhimento, há rede de proteção. Não tenham medo de denunciar”, incentivou Daiane, reforçando que a delegacia está de portas abertas para acolher as vítimas.
Willian Gonçalves, diretor do Presídio de João Pinheiro, ressaltou que o combate à violência doméstica é um dever de todos. “Não é uma responsabilidade só das Forças de Segurança, mas de toda a sociedade. Então, não se cale, procure ajuda e denuncie”, finalizou.