Um homem foi preso em flagrante por maus-tratos a animais no último sábado, 19 de julho, em uma propriedade na zona rural de João Pinheiro. A ação da Polícia Militar de Meio Ambiente foi desencadeada por uma denúncia e constatou que, de cinco cães no local, três haviam morrido e outros dois lutavam pela vida após o proprietário ter administrado um medicamento de forma inadequada.
O caso aconteceu na região do PA Nova Esperança. Segundo a Sargento Amanda, comandante do grupamento da Polícia Militar Ambiental de João Pinheiro, a denúncia informava que o autor teria dado o medicamento “Ivomec” via oral para os cinco cachorros. Ao chegarem ao local, os policiais confirmaram a gravidade da situação.
“A gente chegou e averiguou que realmente desses cinco cães, três tinham vindo a óbito e dois estavam lutando para sobreviver, um bem agonizante”, relatou a Sargento Amanda. Os corpos dos animais mortos haviam sido descartados em valas na própria propriedade.
Dos dois cães sobreviventes, um estava muito abatido, mas conseguia caminhar, enquanto o outro agonizava no chão, com tremores e sintomas neurológicos. De acordo com a sargento, a situação de maus-tratos foi configurada não apenas pela administração incorreta do remédio, mas também pela omissão de socorro. “Nesse caso, além de tudo, teve a omissão de não prestar o socorro imediato ao veterinário”, explicou.
A sargento destacou o apoio fundamental de ONGs locais. A “Paraíso das Patinhas” garantiu o atendimento imediato com a veterinária Dra. Francis Laila, da Clínica Mundo Animal. Em seguida, os dois cães resgatados foram encaminhados para a ONG ASFIPA (Associação Fiulhos de Pata), onde permanecem sob os cuidados de Gislene. Segundo a última atualização, a fêmea já apresenta melhoras e está se alimentando, mas o macho, que estava em estado mais grave, ainda corre risco de morte.
Sargento Amanda reforçou que a legislação para crimes de maus-tratos contra cães e gatos se tornou mais severa. Desde 2022, a pena para quem comete esse tipo de crime é de dois a cinco anos de reclusão. “A partir do momento que a gente flagra um autor incorrendo no crime de maus-tratos, ele não pode ser liberado, ele é apresentado ao delegado e é autuado em flagrante delito”, afirmou.
Seguindo a lei, o autor do crime foi preso em flagrante e conduzido ao presídio, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A Polícia Ambiental incentiva a população a denunciar casos de maus-tratos. A forma mais segura e eficaz é através do Disque Denúncia Unificado (DDU), pelo número 181.
“A denúncia é anônima, você tem condição de passar todas as informações e, independente de qual local você esteja, ela é direcionada para os órgãos daquela localidade”, finalizou a sargento.