Em um caso que chocou a cidade de Paracatu e reacendeu a discussão sobre a violência contra a mulher, Alessandro Vasconcelos, de 34 anos, começou a ser julgado na manhã desta quarta-feira (27) no Fórum Martinho Campos. Ele é acusado pelo crime de feminicídio contra a ex-companheira Renata Barbosa, 25 anos. O crime ocorreu em abril deste ano e foi registrado pelas câmeras de segurança de um supermercado no centro da cidade, onde Renata trabalhava como caixa.
Em abril, a Polícia Militar havia sido acionada para o antigo Supermercado Carretão, onde o crime foi cometido. Segundo informações policiais, Alessandro não aceitava o fim do relacionamento, o que motivou o ataque.
O ataque ocorreu na presença das filhas do casal, de 6 e 10 anos de idade, que se encontravam no estabelecimento no momento do crime. Alessandro foi flagrado pelas câmeras de segurança do supermercado invadindo o local e esfaqueando a ex-companheira. Após o ato, ele se entregou voluntariamente no batalhão da Polícia Militar, confessando que não podia mais viver sem Renata e que tinha a intenção premeditada de matá-la. Desde o dia do crime, o acusado encontra-se encarcerado.
A morte de Renata não apenas causou profunda comoção em Paracatu, como também levantou questões preocupantes sobre a eficácia de medidas protetivas. A vítima havia obtido uma ordem de restrição contra Alessandro na semana anterior ao ataque, após registrar queixa de ameaças feitas por ele. Renata já havia sofrido violência doméstica, mas nunca procurou a polícia até então.
Familiares e amigos da vítima se reuniram na porta do Fórum Martinho Campos nesta manhã, portando cartazes e faixas pedindo justiça. A expectativa é de que a sentença seja anunciada ainda hoje. O julgamento é conduzido sob a vigilância de um público angustiado e espera-se que o veredito possa trazer algum grau de justiça para uma comunidade ainda atormentada pela brutalidade do crime.
O resultado do julgamento é aguardado com grande expectativa, não apenas pelos familiares de Renata, mas por toda uma sociedade que busca respostas e soluções para uma questão tão profundamente enraizada em sua cultura.
O cara disse pra polícia que não aguentava viver sem a mulher será que pensou que matando ela ela ia viver com ele?