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João Pinheiro teve candidato a vereador sem nenhum voto; veja os que não alcançaram nem 10 votos nas eleições

Dados são disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral

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Nas eleições municipais de 2024 em João Pinheiro, dois detalhes chamaram a atenção: um candidato a vereador que não obteve nenhum voto e o baixo incentivo dos partidos à campanha das mulheres. Dos 8 candidatos não eleitos nem para suplente com menos de dez votos, 6 são mulheres. Já para os 13 candidatos suplentes com menos de dez votos, 10 são mulheres.

Esses dados reforçam a percepção de que muitos partidos ainda filiam mulheres apenas para atender à cota mínima obrigatória de candidaturas femininas, sem o devido investimento ou apoio em suas campanhas. Embora haja esse fato, uma mulher conseguiu se eleger, fazendo história e ocupando uma cadeira na Câmara após 16 anos sem representatividade feminina.

Abaixo estão os candidatos (a) não eleitos com menos de 10 votos nas eleições deste ano:

  • Osvaldo Pereira da Silva (Podemos) – 0 votos
  • Larissa Ribeiro Souto (Democracia Cristã) – 3 votos
  • Alessandra Aparecida de Oliveira Rosa (Partido Social Democrático) – 4 votos
  • Thais Lopes de Souza (Partido Social Democrático) – 8 votos
  • Sancho Gonzaga da Silveira (Partido Social Democrático) – 8 votos
  • Claudia Maria Caixeta Franco (Partido Social Democrático) – 8 votos
  • Weslani da Silva (Partido Renovação Democrática) – 8 votos
  • Djanira Pedro de Barros (Podemos) – 9 votos

O candidato Osvaldo Pereira da Silva, que não obteve nenhum voto, chamou a atenção por esse resultado raro, algo que pode refletir desafios na campanha ou outros fatores específicos.

Abaixo estão os candidatos (a) suplentes com menos de 10 votos nas eleições deste ano:

  • José Alves da Silva (Mobilização Nacional) – 9 votos
  • Cátia Luzia Alves de Souza (Partido Novo) – 9 votos
  • Adriele Gonçalves dos Santos Oliveira (Solidariedade) – 9 votos
  • Naiane Estefane Gomes da Silva (Progressistas) – 9 votos
  • Silvio Alves Rodrigues (Progressistas) – 8 votos
  • Nilza de Souza Mesquita Ribeiro (Cidadania) – 6 votos
  • Edima Saraiva (Republicanos) – 6 votos
  • Karla Vitória Braga de Oliveira (Solidariedade) – 5 votos
  • Leticia Pereira de Souza (União Brasil) – 4 votos
  • Samuel Couto Rodrigues (Mobilização Nacional) – 3 votos
  • Ana Paula Firmino (Solidariedade) – 3 votos
  • Naiane Menezes dos Santos (Progressistas) – 3 votos
  • Edineia Batista de Sousa (Republicanos) – 1 voto

Esses suplentes não conseguiram alcançar uma quantidade significativa de votos, mas permanecem na linha de sucessão para as vagas no legislativo municipal caso haja desistências ou vacâncias durante o mandato.

A obrigatoriedade das candidaturas femininas

Desde 1997, a Lei das Eleições (Lei 9.504/1997) estabelece que os partidos políticos devem preencher no mínimo 30% e no máximo 70% das vagas para candidaturas de cada gênero. Essa cota visa garantir maior representatividade feminina no cenário político, historicamente dominado por homens.

No entanto, apesar dessa obrigatoriedade, muitos partidos ainda enfrentam dificuldades para engajar e apoiar efetivamente candidaturas femininas. Em alguns casos, as mulheres são filiadas apenas para cumprir a cota, sem receber o suporte necessário em termos de campanha e visibilidade. Esse fenômeno é conhecido como “candidaturas laranjas”, em que mulheres são registradas apenas para completar a chapa, sem intenção real de concorrer competitivamente.

Os resultados em João Pinheiro, com 16 mulheres não eleitas e suplentes, entre os menos votados, sugerem que essa prática ainda pode ser uma realidade. Embora, a cota de gênero seja um passo importante para ampliar a participação feminina na política, é essencial que as candidaturas femininas sejam tratadas com seriedade, recebendo apoio e recursos equivalentes aos dos homens, para que possam competir em igualdade de condições.

Mesmo que o problema de candidaturas femininas com baixa votação seja realidade, uma conquista importante foi registrada nas eleições de 2024 em João Pinheiro. Simone Prado, do partido Solidariedade, conseguiu se eleger e ocupará uma cadeira na Câmara Municipal, tornando-se a primeira mulher eleita para o legislativo local após 16 anos sem representatividade feminina. Sua vitória marca um avanço significativo para a presença das mulheres na política pinheirense, em um cenário historicamente dominado por homens.

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