Os três acusados pela morte do chefe do tráfico de João Pinheiro, ocorrida em maio de 2021, estão sendo julgados neste momento pelo Tribunal do Júri. Mikael Alves, Ademir de Oliveira e Isaque Camargo respondem pelo homicídio de Jeferson de Lima Furtado, conhecido como Galego. O julgamento acontece de portas fechadas e com reforço policial.
A reportagem do JP Agora esteve no fórum de João Pinheiro para cobrir o julgamento, mas nosso repórter foi impedido de entrar por ordem do Juiz de Direito que preside a sessão, que barrou a entrada de todos que não fazem parte do processo, até mesmo de familiares, estudantes, advogados que não integram a representação dos réus e todos os veículos de imprensa. A segurança ainda foi reforçada pela Polícia Militar com o fechamento parcial do trânsito próximo ao Fórum.
Em razão disso, nossa reportagem não pode precisar como está o andamento do julgamento e certamente terá acesso somente ao resultado, quando todos os atos do julgamento forem finalizados. A expectativa é de que o júri se estenda até amanhã, 15 de dezembro.
Relembre o caso
Mikael Alves, Ademir de Oliveira e Isaque Camargo foram pronunciados, apresentaram recursos, mas não conseguiram se livrar do julgamento popular. O crime aconteceu na noite do dia 19 de maio de 2021, no Bairro Aeroporto. Jeferson de Lima Furtado, o “Galego”, foi surpreendido por dois homens que aproveitaram que a vítima estava distraída no banco do motorista de seu veículo e dispararam mais de 10 tiros na direção de Galego.
Segundo noticiado à época, Galego mantinha o domínio do tráfico em João Pinheiro, determinando que os traficantes da cidade poderiam vender apenas as drogas que ele trazia para solo pinheirense. Mais tarde, as investigações apontaram que sua morte teve relação com a guerra do tráfico e apontaram que Mikael Alves e Ademir foram os executores. Já a participação de Isaque teria acontecido com o planejamento do crime.
Ainda de acordo com as informações reveladas à época do crime, Mikael e Ademir pertenciam ao grupo de traficantes rival de Galego. Isaque, no entanto, estaria atuando para as duas facções, tendo planejado o crime ao lado dos dois algozes para eliminar a figura da vítima no cenário criminoso de João Pinheiro enquanto ganhava a confiança dela. Para tanto, Isaque teria se deslocado até Brasília junto da vítima e comunicado quando chegaram ao endereço onde a execução aconteceu.
Em vista das investigações, o Ministério Público denunciou os três suspeitos e a ação penal em questão segue em segredo de justiça. Apesar disso, o JP Agora conseguiu apurar que Mikael, Ademir e Isaque foram pronunciados, recorreram à instância superior, mas não conseguiram se livrar do Tribunal do Júri.
O JP Agora seguirá acompanhando o julgamento na medida do possível.
bom dia ja tem atualização deste julgamento