O Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti divulgado no dia 28 de fevereiro colocou quase 80% dos municípios mineiros em estado de risco e alerta para contaminação. Dentre as cidades com índices maiores, destaca-se João Pinheiro que, segundo o último boletim epidemiológico, possuía mais de 400 casos de dengue confirmados.
O primeiro levantamento do Lira foi divulgado nesta terça-feira (28 de fevereiro) e apontou que dos 827 municípios que participaram do estudo, 321, ou seja 38,8% apresentam Índice de Infestação Predial igual ou maior que 4, ou seja em situação de risco para a transmissão das arboviroses – doenças em que os transmissores são mosquitos. Outros 337 municípios (40,8%) estão em alerta para a infestação e, em 169, o índice de infestação predial está satisfatório.
Segundo a coordenadora da Vigilância Estadual das Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Daniellle Capistrano, os dados do lira ajudam os municípios a direcionar ações de controle lê do vetor, delimitar as áreas com mais riscos e ver as metodologias a serem aplicadas no controle do mosquito.
O levantamento mostrou que em janeiro deste ano, a maioria (20,8%) dos recipientes infestados eram depósitos como vasos ou frascos, pratos, bebedouros e materiais de depósitos de construção.
Os números
Minas Gerais registrou até esta segunda-feira (27 de fevereiro) 50.101 casos prováveis de dengue, sendo que 13.802 casos foram confirmados. Há quatro óbitos pela doença no Estado e 21 em investigação.
Em relação à febre chikungunya, foram registrados 18.371 casos prováveis da doença, sendo que 4.536 foram confirmados. Não há nenhum óbito confirmado por chikungunya em Minas Gerais e um está em investigação.
Quanto ao vírus zika, até o momento foram registrados 72 casos prováveis. Há um caso confirmado para a doença e não há óbitos por zika em Minas Gerais, até o momento.