Uma operação estratégica da Polícia Militar resultou na prisão de um dos principais nomes do tráfico de drogas em João Pinheiro e no desmantelamento de um ponto de distribuição de entorpecentes no bairro Aeroporto. A ação, desencadeada após intenso trabalho de monitoramento, mirou a organização criminosa autodenominada “Tropa do Seixas” (TDS) e culminou na prisão de seu suposto líder, Raul Santos Gonçalves, de 22 anos, e de seu comparsa Guilherme Torres Madureira, de 23 anos.
O cerco aconteceu em um lote vago na Rua Roberto Donizete Mota. Segundo apurado pelo JP Agora, a polícia recebeu diversas denúncias de que Raul, indivíduo com extensa ficha criminal, incluindo homicídio qualificado e disparo de arma de fogo, estaria coordenando o tráfico nos bairros Aeroporto e Santa Cruz. Ao perceberem a chegada das viaturas, Raul e Guilherme tentaram fugir a pé, arremessando objetos ao solo, mas foram alcançados. Raul resistiu ativamente à prisão, desferindo chutes contra os militares, sendo necessário o uso de força para contê-lo.
Durante as buscas no local, a situação se agravou. Os policiais encontraram inicialmente uma vasilha com 24 papelotes de cocaína prontos para venda. Com a autorização do dono da casa situada no terreno, um idoso de 69 anos, as buscas se estenderam para o interior do imóvel onde Raul pernoitava. Debaixo de uma cama, foi localizada uma espingarda adaptada para calibre .22 e 30 munições intactas. No quintal, os militares ainda encontraram, enterrados no solo, 42 buchas de maconha e cinco munições de calibre .38.
As diligências revelaram ainda a conexão com outro traficante conhecido. Segundo relatos colhidos no local, uma caixa contendo dois tabletes grandes de cocaína teria sido levada à residência a pedido de Paulo Alencar Alves Silva, de 33 anos, preso no último sábado, 13 de dezembro. A “encomenda” teria sido entregue pela companheira de Paulo e mãe de Raul. Diante dos fatos, Raul e Guilherme receberam voz de prisão em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse irregular de arma de fogo, sendo encaminhados à autoridade policial após atendimento médico na UPA.
O JP Agora entrou em contato com a advogada Rafaella Cabral de Melo Gonçalves, responsável pela defesa dos suspeitos. A defesa sustenta que a droga apreendida não foi encontrada em poder de Raul ou Guilherme e ressaltou que confia na Justiça para provar a inocência de seus clientes no decorrer do processo.
