A atenção e o cuidado de professores da Escola Municipal Israel Pinheiro (CAIC), em João Pinheiro, foram fundamentais para revelar um grave caso de maus-tratos na última sexta-feira, 07 de novembro. Uma mãe de 24 anos foi presa em flagrante após a equipe escolar descobrir que sua filha, uma menina de apenas 6 anos, estava com o corpo coberto de marcas de agressão.
A denúncia partiu da própria escola. Segundo o boletim de ocorrência, a diretora acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar após uma professora notar hematomas nos braços da criança. A situação levantou ainda mais suspeitas porque a menina estava usando uma meia-calça de fio grosso em um dia de muito calor, uma tentativa de esconder os ferimentos nas pernas.
Ao ser acolhida pela direção da escola, a criança relatou, em escuta especializada, que havia sido agredida pela própria mãe com uma mangueira. O motivo, segundo a menina, foi porque ela não estava conseguindo fazer o dever de casa na manhã daquele dia.
A Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram à casa da família. Em depoimento, a mãe admitiu as agressões, justificando o ato pela “falta de paciência” e alegando que a filha “não a escuta e não a obedece”. O pai da criança, que estava trabalhando no momento do ocorrido, também compareceu e relatou que a esposa tem “problemas de nervosismo” e que já a havia alertado sobre agressões anteriores.
A menina foi levada à UPA, onde a médica de plantão constatou “lesões contusas de aspecto linear, padronizadas e hiperemiadas” nos braços, abdômen, nádegas, pernas e dorso, confirmando as agressões. Diante dos fatos, a mãe foi presa em flagrante pelo crime de maus-tratos, com o agravante de ser praticado contra descendente.
Na delegacia, a autoridade policial arbitrou uma fiança no valor de R$ 1.518,00. O valor foi pago pelo pai da criança, e a mãe foi colocada em liberdade para responder ao processo.

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