Uma questão antiga e cultural de João Pinheiro voltou ao centro do debate público: o uso de mesas e cadeiras em calçadas e vias públicas por bares e restaurantes. Uma operação orientativa realizada pela Polícia Militar em parceria com a Prefeitura para fiscalizar a prática acendeu uma polêmica envolvendo a segurança no trânsito, a atividade econômica dos comerciantes, a necessidade de atualizar uma legislação municipal de 1991 e trouxe à tona a lembrança de acidentes reais, como o ocorrido em 2022, quando um carro desgovernado atingiu as mesas de uma sorveteria no bairro Papagaio.
Tudo começou quando a Polícia Militar, observando a crescente ocupação de ruas e a falta de sinalização adequada, decidiu, em conjunto com a Prefeitura, realizar uma ação de conscientização. Segundo o Tenente Marcos, da Polícia Militar, o objetivo principal foi alertar os proprietários sobre os riscos.
“Uma vez que eles colocam mesas e cadeiras em via pública, sem nenhuma sinalização, estão colocando seus próprios clientes em risco e obstruindo a livre circulação do trânsito”, explicou o Tenente, citando o Código de Trânsito Brasileiro. Ele destacou que a operação foi bem recebida e não teve caráter punitivo, mas sim de orientação.
O risco mencionado pelo tenente não é apenas teórico. Em maio de 2022, um vídeo mostrou o momento exato em que um motorista embriagado perdeu o controle do veículo e avançou sobre as mesas da Sorveteria Mineirinho. Por sorte, o local estava vazio no momento do impacto, mas o incidente serviu como um alerta concreto sobre os perigos da ocupação desordenada das vias.
O Código de Posturas de João Pinheiro, datado de 1991 não proíbe a prática, mas exige que os estabelecimentos obtenham uma licença e paguem uma taxa anual para ocupar o espaço público, algo que, na prática, nem sempre acontece.
Apesar do caráter orientativo, a fiscalização gerou forte reação no setor comercial e político. Comerciantes relataram o receio de prejuízos, especialmente aqueles que dependem do espaço externo para acomodar clientes. A questão rapidamente chegou à Câmara Municipal, onde o debate foi acalorado.
Vereadores como Guilherme Coxa, Alexandre da Farmácia e Gordinho do Açougue criticaram a medida, classificando-a como “desastrosa” e prejudicial para um setor que já enfrenta dificuldades. “Só as mesas dentro do bar não pagam o show. Ele [o comerciante] está gerando emprego”, defendeu Alexandre, que propôs uma alteração no Código de Posturas.
O debate na Câmara expôs o complexo dilema da cidade. De um lado, vereadores como Landinho Gari e Osmar Xavier ponderaram sobre a segurança, citando o risco de acidentes e a dificuldade de acessibilidade para pedestres e cadeirantes. Do outro, a defesa unânime da importância de fomentar o comércio local.
O consenso entre os parlamentares foi a necessidade urgente de revisar o Código de Posturas de 1991, considerado por eles “completamente defasado” para a realidade atual de João Pinheiro. A solução apontada foi a realização de uma audiência pública, envolvendo a Prefeitura, a Polícia Militar, os comerciantes e a sociedade civil, para criar uma nova regulamentação que equilibre a cultura dos bares, a segurança de todos e o desenvolvimento econômico da cidade.
E os pedestres e cadeirantes vão transitar onde se as calçadas e beiradas de rua estão tomadas pelas mesas e cadeiras?. Pelo jeito vão precisar transitar no meio da rua junto com os veículos.
Mesas na rua é errado. Estamos falando de mesas nas ruas isso é errado
João Pinheiro ta regredindo ao invés de ir para frente 🤦🏽♀️, colocando a vida da população em risco…será que alguém vai ter coragem de aprovar uma loucura dessa?
Não só os bares utilizam o espaço público, mais diversos outros comércios local.
Pior que mesas nas ruas é tbem montar um barzinho do lado do banco e ainda colocar mesas na calçada do banco, onde o usuário do banco se for fazer uso , pode ser facilmente abordado por um marginal empregado ali mesmo do lado de fora do banco, que vê todas as suas ações da calçada e te observa e pode te seguir.
Se a polícia fiscalizasse e punisse os condutores que andam em alta velocidade, sem cinto, empinando roda, dando cavalo de pau, sem CNH, não tinha risco. Mas tinha que ser uma punição verdadeira.
Sinto é só em br meu amigo kkkk quem tem carta nunca põe cinto
Infelizmente ta de um geito estranho
Tantas coisas pra eles fiscalizar e tomar providências.
Isso eles nao querer nao
Eles so queracabar com o comercio e mais nada.Ok
Quem nunca sentou numa mesa na calçada ou na rua q atire a primeira pedra.
Deixa o povo trabalhar