A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta terça-feira (30), o inquérito policial que apurou a morte de José Geraldo Melgaço, à época com 30 anos, que aconteceu em Brasilândia de Minas, no Noroeste do estado. Três investigados, a ex-esposa da vítima, de 33 anos, e dois irmãos dela, de 21 e 34, foram indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e mediante traição.
Os fatos ocorreram na manhã de 5 de fevereiro de 2022, às margens da rodovia MG-181, próximo à entrada de uma pedreira em Brasilândia de Minas. De acordo com a investigação conduzida pela Delegacia de Polícia Civil de João Pinheiro, a suspeita, recém-separada da vítima à época, teria atraído o ex-marido para um encontro enquanto os dois irmãos dela aguardavam para atacá-lo.
O laudo pericial indica que a vítima foi interceptada enquanto dirigia, colidiu com a vegetação e entrou em luta corporal fora do veículo. A vítima foi atingida por facadas, primeiro de frente e depois pelas costas. O corpo foi encontrado a cerca de 28 metros da rodovia, por volta das 6h45. As investigações sugerem que o crime foi motivado por vingança. Segundo os levantamentos, havia uma suspeita de abuso sexual contra a filha da mulher por parte da vítima. Em troca do silêncio sobre o suposto abuso, o casal teria acordado a transferência de um imóvel para a ex-esposa, um acordo que foi descumprido por José Geraldo.
O inquérito policial, que resultou em aproximadamente 200 páginas, foi remetido à Justiça. A investigação envolveu diversas apurações detalhadas, incluindo entrevistas e análise de evidências coletadas no local do crime.
Na época dos fatos, José Geraldo Melgaço foi encontrado morto em uma estrada rural próximo à pedreira na manhã de 5 de fevereiro. Ele sofreu 11 facadas nas costas e várias outras perfurações na região do pescoço. A perícia também encontrou sinais de luta corporal no interior do veículo. O corpo de José Geraldo foi encontrado por um morador local, que acionou a Polícia Militar. A PM isolou a área até a chegada da perícia. No interior do veículo, um GM Corsa, os investigadores encontraram um boleto no nome da ex-esposa de José, além de sinais de luta corporal e dois pares de calçados – um feminino e um infantil.
Durante as diligências iniciais, familiares e amigos de José Geraldo informaram à PM que ele vinha recebendo ameaças de morte devido ao suposto estupro ocorrido em 2018. Todas essas informações foram registradas e encaminhadas à Polícia Civil para aprofundamento das investigações. A conclusão do inquérito reforça o compromisso da PCMG em esclarecer crimes e responsabilizar os envolvidos, garantindo a aplicação da lei e a justiça para as vítimas e seus familiares.
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