Pai que matou o próprio filho a golpes de canivete é condenado a 30 anos de prisão em João Pinheiro

Com histórico de violência e confissão chocante, Arlindo Pereira de Lima, de 76 anos, passará o restante de seus dias na cadeia

Um crime brutal que chocou João Pinheiro e marcou para sempre a comunidade da Ruralminas teve seu desfecho na Justiça. Nesta terça-feira (3), o aposentado Arlindo Pereira de Lima, de 76 anos, foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do próprio filho, Renato Borges Pereira, de 37 anos. O crime aconteceu em agosto do ano passado e foi motivado por um histórico de violência e conflitos familiares.

O julgamento, realizado no Fórum de João Pinheiro, teve momentos de grande tensão e emoção. Arlindo, que já havia confessado o crime, surpreendeu ao relatar detalhes de outros homicídios que cometeu no passado. Em um depoimento que deixou o plenário em silêncio, ele contou que já matou o noivo da filha, à facadas, na frente dela, em um ato de violência extrema. “Ele se orgulhava de ser um homem feroz, de agir rápido quando achava necessário”, revelou a filha Fernanda Borges ao jornalísita Jeferson Sputnik, visivelmente abalada e com medo durante o julgamento.

A defesa do réu, representada pelos advogados Dr. Rafaela e Dr. Edmir, argumentou legítima defesa, alegando que Renato teria tentado agredir o pai, que revidou com dois golpes de canivete no peito do filho. Mas para o Ministério Público, representado pelo promotor Flávio Feres, o crime foi um ato de extrema frieza e brutalidade.

O juiz Hugo Silva Oliveira considerou as qualificadoras de motivo fútil e de ter dificultado a defesa da vítima, ressaltando também o histórico de violência de Arlindo, que acumulava antecedentes graves. A sentença de 30 anos de prisão foi recebida com alívio pela família de Renato. “A justiça foi feita”, afirmou Fernanda Borges. “Agora sabemos que esse monstro vai pagar por tudo que fez.”

A morte de Renato Borges Pereira e o julgamento de Arlindo expuseram, mais uma vez, as cicatrizes da violência doméstica e do silêncio que muitas vezes cerca esses crimes. O caso segue como um alerta para a comunidade, que espera por mais segurança e apoio às vítimas. Arlindo Pereira de Lima seguirá preso, sem direito a recorrer em liberdade.

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