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61 presos beneficiados pela “saidinha de natal” ainda estão foragidos em Minas Gerais

Operação Escudo da Polícia Militar de Minas Gerais busca recapturar foragidos após benefício de indulto natalino, totalizando 61 ainda em liberdade

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A Polícia Militar de Minas Gerais atualizou, nesta quarta-feira, 17 de janeiro, os dados críticos da Operação Escudo, uma ofensiva estratégica contra a crescente preocupação com a segurança pública no estado. A operação, que tem como principal objetivo a recaptura de presos que não retornaram após o benefício do “Indulto de Natal”, revelou que dos 3.760 beneficiados, 61 permanecem foragidos.

A Operação Escudo, deflagrada no último domingo (7), não é uma resposta isolada à trágica morte do sargento Roger Dias da Cunha, abatido a tiros por um dos fugitivos. Segundo o tenente-coronel Flávio Coutinho, a ação representa um procedimento padrão de início de ano, que foi significativamente intensificado nesta ocasião. Além da Polícia Militar, o esforço conjunto envolve a Polícia Civil, o sistema penal, a Polícia Rodoviária Federal, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público.

As operações de busca se estendem além de Belo Horizonte, alcançando cidades como Contagem, Governador Valadares, Muriaé, Poços de Caldas, Uberaba, Betim e Teófilo Otoni. “São de presídios dessas cidades que saíram os presos que ainda não retornaram”, destaca o tenente-coronel Coutinho, sublinhando a amplitude geográfica da iniciativa.

O “Indulto de Natal”, oficialmente conhecido como saidinha temporária, é um benefício legal concedido a presos em regime semiaberto, conforme previsto na Lei de Execuções Penais (Lei nº 7.210/1984). Essa concessão permite que os condenados visitem suas famílias durante feriados e participem em atividades de ressocialização. Contudo, a eficácia e a segurança dessa medida foram questionadas após o assassinato do sargento Cunha, fato que acelerou debates legislativos.

Nesse contexto, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) prometeu recentemente revisar a política de saidinhas temporárias, especialmente em datas comemorativas. Um projeto de lei nesse sentido, o PL 2.253/2022, já aprovado pela Câmara dos Deputados e atualmente parado na Comissão de Segurança Pública do Senado, busca eliminar por completo o benefício das saidinhas temporárias.

A situação em Minas Gerais permanece tensa, com as forças de segurança em alerta máximo para garantir a recaptura dos foragidos e reforçar a segurança pública no estado, enquanto o debate sobre a reforma da política de indultos ganha força no cenário nacional.

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