O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, nos últimos dias, relatórios enviados pelo Ministério Público, Polícia Federal, Civil e Militar sobre o perfil dos líderes e financiadores dos protestos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde o fim do segundo turno das eleições, no dia 30 de outubro.
Manifestantes bloquearam rodovias e ruas de cidades por todo o país para pedir por uma “intervenção federal” para evitar que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tome posse e assuma a Presidência a partir de 1º de janeiro.
Os relatórios foram enviados a pedido do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que determinou que as forças de segurança identificassem os líderes, organizadores e financiadores dos atos antidemocráticos. Os documentos reúnem fotos e outras informações sobre alvos, além de detalhes sobre o trabalho realizado pelas polícias para desmobilizar as manifestações e desbloquear as vias ocupadas pelos manifestantes.
De acordo com o Estadão, os documentos citam políticos, policiais e ex-policiais, servidores públicos, sindicalistas, fazendeiros, empresários do agronegócio e de estandes de tiro. Eles ainda não são investigados, mas podem vir a ser.
Os relatórios ainda trazem informações sobre os donos de veículos que impediam o direito de ir e vir de outras pessoas por meio do bloqueio e interdição de estradas e ruas e responsáveis por garantir infraestrutura no local, como banheiros químicos e carros de som. O mapeamento ainda contou com o auxílio de informações de redes sociais, onde essas pessoas se identificavam como líderes dos atos.