O vereador Gilsão do Paracatuzinho teve seu mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal de Paracatu na noite da última quarta-feira, 12 de abril, em razão de seu suposto envolvimento com uma organização criminosa. A votação terminou com 16 votos favoráveis à cassação e uma abstenção.
Gilsão do Paracatuzinho foi preso na Operação Faroeste, que teve como objetivo a repressão qualificada a um grupo criminoso responsável por um roubo com emprego de armas de fogo na empresa VALOREM, situada na BR-040. Na ocasião, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão preventiva contra vários indivíduos, dentre eles, o vereador.
A operação foi resultado das investigações técnicas da Polícia Civil, que conseguiu levantar diversos elementos de prova que apontam a participação de Gilsão do Paracatuzinho no esquema, assim como de outras 10 pessoas, incluindo funcionários da própria empresa vítima do crime.
Processo de cassação
O relatório da comissão, feito pelo vereador Denis Dantas (PDT), destacou que, apesar de Gilsão ter argumentado que no dia do assalto apenas foi socorrer o irmão que havia lhe telefonado pedindo socorro, as investigações da polícia mostram indícios fortes de que ele teria efetivamente participado do crime. E que isso basta para tipificar quebra de decoro parlamentar de acordo com o regimento interno da Câmara Municipal de Paracatu.
Gilsão discursou em plenário e disse que era inocente, reforçando a tese de que somente estava tentando ajudar o irmão. O vereador se mostrou emocionado, com a presença de familiares na sessão ordinária, e pediu perdão para algumas pessoas durante a sua fala.
A defesa do vereador ainda tentou algumas manobras jurídicas para tentar mudar o cenário da cassação do parlamentar, mas sem sucesso. Gilsão perdeu o mandato e ficou inelegível por 8 anos. Ele segue preso aguardando julgamento.