Justiça anula casamento em Minas Gerais após esposa provar que marido era um farsante que fingiu ser rico

Recurso alegando engano sobre a identidade real do marido resulta em anulação do casamento.

A 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) reverteu uma decisão inicial e concedeu a uma trabalhadora autônoma o direito de anular o casamento com um homem, provado ser um estelionatário. A mudança da sentença foi pautada no registro de golpes semelhantes executados pelo acusado em outras regiões, comprovando que a mulher foi deliberadamente enganada. O caso é processado em segredo de Justiça.

A autônoma, que teve seu pedido de anulação de casamento negado na primeira instância, recorreu da decisão. O desembargador Delvan Barcelos Júnior, responsável pela relatoria, alterou o veredito considerando as provas apresentadas pela vítima. Estas evidências demonstraram que o homem escondeu de forma efetiva sua identidade real e suas atividades criminosas.

A mulher conheceu o acusado em 2018, durante uma temporada de trabalho em uma loja em Campos do Jordão, São Paulo. O homem, se apresentando como filho de empresário, seduziu a vítima com promessas de uma vida próspera e a proposta de um casamento, que aconteceu em outubro do mesmo ano. Porém, após a união, ele alterou completamente seu comportamento, tornando-se um parasita financeiro e aplicando golpes nos familiares da esposa.

Ao perceber as atitudes fraudulentas do marido, a vítima buscou a anulação do casamento em março de 2019. No decorrer do processo, o homem foi preso em julho de 2021, em Aracaju, Sergipe, aplicando um golpe semelhante. Com base nestes fatos, o desembargador Barcelos concluiu que houve um erro fundamental relacionado à identidade do homem, tornando a permanência do casamento inviável.

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E ela fingiu em não ser interesseira

É as vezes o amor real causa esse tipo de coisa, se bem que o real não tá valendo muita coisa mais, mesmo assim ainda existe o amor real.

O estelionatário e a enteresseira.