Após ser solto pela justiça, acusado de matar mulher com tiros na cabeça em Luizlândia do Oeste (JK) é preso de novo

Mateus dos Santos Macedo, que confessou o crime em 2025 e foi solto por excesso de prazo, teve um novo mandado de prisão expedido e foi capturado pela Polícia Militar na quinta-feira  (11)

Chegou ao fim, ao menos por enquanto, a liberdade de Mateus dos Santos Macedo, o homem acusado de assassinar Caroline de Oliveira Mendes, de 29 anos, no distrito de Luizlândia do Oeste (JK) em abril de 2025. Após ser solto pela justiça por relaxamento de prisão e ficar meses foragido desde que um novo mandado de prisão foi expedido, Mateus foi localizado e preso na tarde desta quinta-feira, 11 de setembro, no pátio de um posto de combustíveis na BR-040, em João Pinheiro.

A captura foi resultado de um trabalho da Polícia Militar, que obteve informações sobre o paradeiro do acusado. A equipe de Luizlândia do Oeste (JK) foi acionada e cumpriu o mandado de prisão preventiva. Após a prisão, Mateus foi submetido a exame médico e encaminhado à Polícia Civil em Paracatu, onde ficará à disposição da Justiça.

Relembre o caso que chocou o distrito

O crime ocorreu na noite de 24 de abril de 2025. Caroline de Oliveira Mendes, mãe de duas meninas, foi encontrada morta com tiros na cabeça no corredor de sua casa. Testemunhas relataram que ela e Mateus foram vistos conversando em um bar momentos antes do crime. Câmeras de segurança flagraram Mateus deixando o local calmamente logo após os disparos.

Dois dias depois, em 26 de abril, Mateus foi preso pela primeira vez enquanto caminhava às margens da BR-040. Na ocasião, ele confessou o crime aos policiais e, em depoimento na delegacia, detalhou ter atirado três vezes contra a cabeça da vítima. A necropsia confirmou a brutalidade, encontrando quatro perfurações no crânio de Caroline.

A polêmica soltura

Apesar da confissão e da gravidade do crime, a história teve uma reviravolta surpreendente. Em 30 de maio de 2025, após 34 dias preso, Mateus foi solto por uma decisão judicial. O juiz responsável pelo caso constatou que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) não havia apresentado a denúncia formal contra ele dentro do prazo estabelecido por lei.

Na decisão, o magistrado classificou a ausência da denúncia como uma falta de “justa causa para a manutenção da segregação cautelar”, determinando o relaxamento da prisão. Mateus foi solto, mas com a imposição de medidas cautelares, como o recolhimento domiciliar noturno.

Com a nova prisão desta quinta-feira, o acusado retorna ao sistema prisional e ficará preso até o julgamento, onde irá responder pelo crime de homicídio qualificado por feminicídio, cuja pena pode variar de 12 a 30 anos de reclusão.

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