A discussão sobre o projeto de lei para reajustar os salários do prefeito, vice-prefeito e secretários em João Pinheiro foi adiada. A proposta, que previa um aumento de 5,93%, foi retirada de pauta na última reunião ordinária da Câmara Municipal, após críticas veementes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de João Pinheiro (SINDSJOP), que questiona o fato dos salários dos servidores municipais não serem reajustados.

O Projeto de Lei 171/2023, proposto pela Mesa Diretora, foi combatido imediatamente na tribuna pela professora Petty, representante do SINDSJOP. “Todos os anos é um sofrimento, todos nós servidores municipais. Entra prefeito, sai prefeito e a nossa situação é a mesma. Todos os anos precisa acontecer o reajuste e todo ano é essa novela, não acontece. Enviamos três ofícios ao prefeito e ele não dá a mínima, nem responde. O prefeito não nos atende, não nos recebe e agora quer aumento para ele”, disse Petty, que também ressaltou que os professores não tiveram um centavo de reajuste.

Em resposta, o presidente da Câmara, vereador Alexandre da Farmácia, membro da base governista, incentivou os servidores a fazerem greve. “Por que não tenta fazer uma paralisação? Greve não é ilegal não. Convença os servidores a fazer”, afirmou.

O pedido para retirada do projeto de pauta foi feito pelo vereador da oposição Mário Luiz. “Eu quero fazer o pedido de retirada de pauta. Nós como fiscais, representando o povo, aprovamos as leis. Vir aqui e aprovar a lei de um prefeito que estou vendo ele covardemente fazendo isso com o funcionário público, aí é uma injustiça da nossa parte como vereador”, destacou Mário Luiz.

De acordo com a proposta, o prefeito teria um aumento salarial de R$1,281.92, passando a ganhar R$22,890.75; o vice-prefeito receberia um reajuste de R$640.14, totalizando R$11,444.56; e os secretários teriam um acréscimo de R$532.34, resultando em salários de R$9,522.21.