O caso do pinheirense Valdemar “Bozó”, que repercutiu nas redes sociais nesta terça-feira (19), ganhou uma grande reviravolta na manhã desta quarta-feira (20). Isto porque, depois que o Prefeito Edmar Xavier determinou a instauração de Procedimento Administrativo para investigar os motivos que levaram a porta do banheiro estar trancada, os demais pacientes da hemodiálise foram até a prefeitura contar que o banheiro não é utilizado a pedido deles e, por isso, solicitaram que esta decisão fosse respeitada. Entenda.
Bozó concedeu entrevista ao repórter Jeferson Sputnik relatando que passou por dois momentos constrangedores quando se deslocava a Patos de Minas para fazer hemodiálise. Apertado, ele acabou defecando na roupa em uma das situações, o que somente aconteceu, segundo ele, porque a porta do banheiro estava trancada. O pinheirense e a esposa afirmaram, ainda, que nunca viram a porta do banheiro aberta.
Em vista da denúncia, compartilhada também pelo JP Agora, o Prefeito Edmar Xavier determinou a abertura de um Processo Administrativo (PAD) para investigar a postura dos servidores envolvidos com o transporte dos pacientes. O que o chefe do executivo não esperava, no entanto, era que a porta do banheiro permanecesse fechada por escolha dos próprios pacientes.
Nesta manhã de quarta-feira, 20 de março, um grupo de pacientes da hemodiálise, que faz o trajeto a Patos no ônibus em questão, foram até a sede da Prefeitura Municipal relatar ao prefeito que a porta do banheiro não é aberta porque os pacientes, em conjunto, votaram para que o banheiro nunca fosse utilizado. A justificativa, segundo eles, se relaciona ao bem estar de todos no veículo, que ficaria prejudicado caso o banheiro fosse utilizado.
Maria Rosário, que lida com as adversidades da hemodiálise há sete anos, compartilhou sua angústia, evidenciando a sensibilidade exacerbada dos pacientes. “É difícil, esse negócio do banheiro não dá. Eu mesma almoço hora que eu venho embora porque quando chega lá eu não consigo comer. Se o banheiro estiver fedendo, nós não conseguiremos. Temos o estômago muito fraco, não é qualquer coisa que damos conta de comer, qualquer cheiro nós já repugna, está difícil. Não tem material de limpeza, aí vai fazer lá vai ficar fedendo porque o motorista para. Já parou para mim várias vezes, no mato, onde tem banheiro ele para. Se estivesse material de limpeza para ficar limpinho até que ia, mas o problema é que eles não fornecem”, detalhou Maria à reportagem do JP Agora, sublinhando a complexidade da situação vivida pelos pacientes.
A posição de Rosimar Santos, que há cinco anos enfrenta a rotina da hemodiálise, reforça a premissa da não utilização do banheiro devido ao mau cheiro habitual. “Esse banheiro nunca foi aberto. Por que uma pessoa que entra a primeira vez já quer exigir abrir o banheiro? Porque banheiro fede dentro de ônibus, eu viajo direto nesses ônibus para Brasília, para Belo Horizonte, tudo fede. Usou fede mesmo. O motorista não é obrigado a ficar lavando isso não, então eu acho que tem que continuar fechado o banheiro. O motorista parou, pediu para parar ele para”, explicou Rosimar, defendendo a manutenção da regra estabelecida pelo grupo.
Gilson da Mata Cardoso enfatizou que a política do banheiro trancado sempre prevaleceu sem queixas. “O banheiro sempre ficou trancado, ninguém nunca reclamou, tem duas pacientes que é deficiente visual e nunca reclamaram. O ônibus sempre parou para ir ao banheiro. Ninguém vai aguentar a catinga não, o horário de almoço da gente é o horário que a gente chega lá. Como vai almoçar com o banheiro fedendo?”
O Prefeito Edmar Xavier expressou sua surpresa ao tomar conhecimento da situação e enfatizou a disposição da administração municipal em adaptar-se às necessidades dos pacientes. “E fomos pegos de surpresa, inclusive eu fiquei muito indignado e hoje de manhã tivemos a visita de várias pessoas que fazem hemodiálise e eles apresentaram que eles tinham um pré acordo de 30 e tantas pessoas que esse banheiro não fosse aberto porque eles fazem alimentação dentro do ônibus. Quando a pessoa faz hemodiálise ela sai muito fraco, tem gente que tira até 4 quilos de água do sangue e essa pessoa viajar 150 para ir 150 para voltar e 4 horas na máquina costuma vomitar e fica bem sensível ao cheiro. E os que sentam na parte de trás, segundo eles falaram aqui agora, que não tem como usar o banheiro devido ao mau cheiro”, relatou o prefeito.
Mesmo oferecendo soluções, como a limpeza do banheiro após cada viagem, Edmar Xavier optou por respeitar a decisão da maioria, buscando alternativas para não deixar os pacientes, como Bozó, desassistidos. “Eu disse que se for por causa da limpeza, o município vai fazer como todas as empresas fazem: assim que o ônibus chegar vamos higienizar da forma correta. Mas foi feita a votação que ninguém concorda em abrir o banheiro. Então eu quero deixar claro para quem nos assiste. Então a decisão deles é soberana para mim. O prefeito não é rei, não é sultão, então nós vamos fazer um documento, esse ônibus não vai abrir o banheiro e o Bozó está bastante debilitado e não podemos deixar ele nessa condição de vulnerabilidade. Vamos arrumar um carro até que ele se restabeleça”, concluiu.
Situação bem desagradável, mas ha dias q o cara pode ta mal do estômago ou q seja outra coisa, como q faz? Imagina a vergonha da pessoa, o certo e os incomodados se retirarem ne?
O problema então é a limpeza. A situação é irregular! Prefeito tinha que ter vergonha de dar uma declaração dessa!
Você não leu direito. O ônibus pode sair limpo para a viagem. Se no percurso o banheiro é usado vai incomodar para refeição que é feita no ônibus. Eles não chegam lá e vão passear em restaurante não. É marmita mesmo, estão indo a tratamento.
Nunca imaginei que uma cagada fosse dar tanta merda. (Assunto)
De um lado, Bozó – o cagão.
Do outro lado, os pacientes que não querem que use o banheiro.
No meio, o prefeito municipal.
E no final, a história termina igual papel higiênico: no rolo, ou na merda. Que cagada..
Kkkkkkkk
Parabéns aos pacientes, decisão muito acertiva, sai eles que usam o transporte, e fazem o tratamento, só eles sentem na pele as consequências de tal.
Tenho é dó dos motoristas, que aguentam cada coisa absurda, uso o transporte pra tratamento em BH, não tenho nada a reclamar dos motoristas, muito pelo contrário, tem um pacientes que são folgados, xingam, fala merda demais.
Não está bom pra vc, vai de carro próprio.
Esse é o Edinho que conheço. Justo, humano, razoável
O Edinho é o maior larápio da cidade.