InícioDestaqueEntenda o caso do Sargento Darley e o que de mais relevante...

Entenda o caso do Sargento Darley e o que de mais relevante foi dito no seu julgamento

A defesa saiu vitoriosa do júri. O réu foi absolvido por unanimidade

Publicado em

O conselho de sentença do Tribunal do Júri de João Pinheiro absolveu, hoje, o Sargento da Polícia Militar Darley Vaz da Silva. Ele foi acusado pelo Ministério Público de ter agido com excesso em uma ocorrência que deixou um homem morto. A defesa sustentou legítima defesa e exercício regular da profissão e se sagrou vitoriosa.

Os fatos que ensejaram a denúncia começaram no Estado de São Paulo um dia antes. Três meliantes assaltaram um taxista em São Carlos – SP, atiraram nele, o deixaram na beira de uma rodovia para morrer e fugiram no táxi sentido Minas Gerais. Já em Minas, na altura do Andrequicé, eles assaltaram à mão armada um romeiro que seguia para a festa pagando promessa na rodovia e tentaram roubar um outro veículo que também passava pela região. Depois desses dois últimos acontecimentos, a Polícia Militar foi acionada.

Depois de algumas diligências e cientes da periculosidade dos indivíduos, a guarnição da polícia conseguiu localizar os suspeitos e uma perseguição se iniciou. Houve troca de tiros durante a fuga, até que os suspeitos saíram da rodovia e logo pararam o veículo. Dois dos três ocupantes do carro se renderam neste momento, mas Vanderlei empreendeu fuga a pé portando uma espingarda calibre 12. O então Cabo Darley foi no encalço dele.

Num dado momento, Vanderlei ameaçou usar a espingarda para atirar na direção de Darley, quando então, o policial, temendo por sua vida, atirou primeiro, cessando a ameaça e tirando a vida do meliante.

Segundo o Ministério Público, Darley excedeu-se em razão da quantidade de tiros que foram disparados da sua arma e o denunciou justamente em razão desse excesso. A defesa argumentou que a ameaça era iminente e que todos os disparos foram necessários para contê-la, tendo agido o policial em legítima defesa e em estrito cumprimento do seu dever legal enquanto policial militar.

Os jurados acolheram a versão da defesa e absolveram o Sargento. Ou seja, segundo o conselho de sentença, o acusado agiu em legítima defesa, sem excesso que culminasse em eventual sanção penal.

O JP Agora conversou com Leonardo Vasconcelos, advogado de defesa de Darley. Ele comentou sobre a situação encontrada pelo policial no momento dos fatos. “O meliante estava armado com uma espingarda calibre 12. Se o Darley deixa ele atirar, ele teria morrido. A discussão se fixou na quantidade de disparos efetuados, mas, não pensamos em outra hipótese que não a absolvição em nenhum momento. Darley atirou em legítima defesa.”

Leonardo comentou também sobre a questão emocional que envolveu o julgamento, já que Darley corria o risco de “perder a farda” em caso de condenação. “Caso condenado, ele seria expulso da polícia. Então tinha toda uma questão emocional envolvida, por isso, também, que houve essa grande mobilização por parte da população que o conhecia. Por isso, não trabalhamos com outra hipótese além da absolvição.”

O advogado comemorou o fato dos jurados terem entendido que todos os disparos efetuados foram necessários para conter a ameaça iminente, fato determinante para a absolvição. “Naquele momento, não poderia haver disparos em menor quantidade porque o indivíduo poderia revidar, já que estava armado com uma 12. Por azar do suspeito e por ter procurado aquela situação, ele veio a óbito.”

Por fim, Leonardo enalteceu o trabalho exercido por seu cliente no exercício da sua profissão, o que foi refletido hoje pela grande mobilização popular, com camisetas e cartazes em apoio a ele. “A sociedade abraçou a causa e compareceu em massa. Assim como a Polícia Militar, que também demonstrou unidade durante todo o julgamento.”

O Ministério Público não demonstrou interesse em recorrer. Assim sendo, a sentença deve transitar livremente em julgado, confirmando definitivamente a absolvição.

Assinar
Notificar

Termo

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do JP Agora. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O JP Agora poderá remover, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos ou que estejam fora do tema da matéria comentada. É livre a manifestação do pensamento, mas deve ter responsabilidade!


13 Comentários
Mais votados
Mais recente Mais antigos
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários
César
4 anos atrás

Decisão justa dos jurados.

Brasileiro
4 anos atrás

O policial agiu certo, em legítima defesa dele e da sociedade. Esses assaltantes atiraram em um taxista trabalhador no Estado de São Paulo deixou a vítima no mato para morrer mais Deus protegeu essa vítima, esses assaltantes vieram para Minas Gerais roubaram um pagador de promessa romeiro que estava indo orar em Adrequice, maltrataram e agrediram essa vítima com uma espingarda calibre 12 , tentaram roubar outro veiculo, abasteceram em um posto de combustível e saíram sem pagar, aí depois próximo de Luislândia do Oeste, tentaram assaltar outro veiculo atirando no veículo em movimento causando pânico nas vítimas estava com… Leia mais »

eu
4 anos atrás

se fosse eu tinha descarregado a arma e ainda tinha matados os dois. Acho bom quando vejo esse tipo faxina.

Divindade
4 anos atrás

N tente entender a vida só viva e pronto e cada coisa que acontece que e inesplicavel e a justiça do homem e falha vão paga quando jesus volta o no fim da vida um dia todo mundo pagará a sua dívida com Deus

Jararaca Ensaboada
4 anos atrás

Houve uma falha na sequência dos fatos e eu quero apontar tal falha:
Porque os outros dois bandidos conseguiram sair vivos ? Já que estavam no meio do mato em perseguição, o certo era mandar os 3 bandidos para a vala. Parabens Darley.

Verdade tem que ser dita
4 anos atrás

Bom como sempre, jp agora ocultando os fatos, nao falou que depois que o meliante estava no chão o policial chegou é deu um tiro para finalizar o indivíduo.
Um tiro de costa na nuca nao é legitima defesa, fica a fica pra vcs desse site seja mais real com os fatos

Cacique
4 anos atrás

Defende bandido e bandido tbm , seu bandido!

Vânea Moreira Fonseca
4 anos atrás
Resposta para  Cacique

Está na defesa do assaltante?

Liberio
4 anos atrás

Leva pra sua casa o bandido ou então dispense a PM se um dia for assaltado e vai atrás do bandido resolvendo da maneira que vc acha certo.

Vc tb pode chamar o barman.

Enfim se informe primeiro sobre os fatos e larga de ser mentiroso pois não houve tiro na nuca de ninguém.

Vânea Moreira Fonseca
4 anos atrás
Resposta para  Liberio

?????

Vânea Moreira Fonseca
4 anos atrás

Imagino que você nunca teve um amigo ou familiar assassinato para ficar em defesa de um assassino que assalta e mata pessoas do bem.

uuu
4 anos atrás

Verdade tem que ser dita mesmo…. Nem nos laudos periciais não existe esse informação… Aliás até tem, mas que ele estava em pé.

uuu
4 anos atrás

A face agora é na nuca…. não sabia que tinha mudado de lugar.