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Filha é presa por golpe estimado em R$ 725 milhões contra a própria mãe

Sabine Boghici é filha de Jean Boghici, um famoso colecionador de importantes quadros de artistas brasileiros

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Uma mulher foi presa nesta quarta-feira (10) suspeita de roubar cerca de R$ 725 milhões – incluindo joias, obras de arte e dinheiro – da própria mãe, uma idosa de 82 anos, no Rio de Janeiro. A suspeita é Sabine Boghici, filha do romeno Jean Boghici, que morreu em 2015, e ficou conhecido por possuir um acervo com os mais importantes quadros de artistas brasileiros.

Geneviève Boghici, esposa de Jean, caiu em um golpe milionário aplicado por uma quadrilha que tinha a própria filha como integrante. De acordo com a Polícia Civil, além da mulher, outras três pessoas, sendo uma delas uma vidente conhecida como “Mãe Valéria de Oxossi”, foram detidas.

O plano para roubar a fortuna da idosa foi ideia da própria filha. Em 2020, uma mulher foi contratada para se aproximar da viúva e afirmar que alguém da família iria morrer. Sabine Boghici então apresentou Geneviève para uma suposta cartomante e mãe de santo.

Na ocasião, o trio disse que a filha da idosa iria morrer e, para salvá-la, ela teria que pagar uma quantia milionária para o trabalho. Em 15 dias, a idosa pagou R$ 5 milhões para o grupo.

O próximo passo da filha foi isolar a mãe, por isso ela demitiu os funcionários que trabalhavam para ela. Quando a idosa percebeu que havia caído em um golpe, ela parou de fazer os repasses e começou a ser agredida e ameaçada pela filha. A Polícia Civil destacou ainda que apenas integrantes da quadrilha visitavam a vítima.

Quadros milionários

A quadrilha roubou 16 obras de artes, sendo que um deles, o “Sol Poente” de Tarsila do Amaral, que deu nome a operação, foi encontrado pela polícia embaixo da cama da vidente. Apenas esta obra era avaliada em R$ 250 milhões.

Este quadro foi uma das obras salvas em 2012, época em que a casa de Jean Boghici pegou fogo em Copacabana. No incidente, obras milionárias, como “Samba” (1925), de Di Cavalcanti, e “Floresta Tropical” (1938), de Guignard, foram destruídas.

Além disso, outros três quadros avaliados em mais de R$ 300 milhões foram recuperados em uma galeria de arte de São Paulo. À polícia, o dono do local revelou que não desconfiou do golpe e que chegou a vender dois quadros para o Museu de Arte Latino-Americano.

Ao todo, foram expedidos seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. A Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade é a responsável pela investigação.

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1 Comentário
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Irônico
1 ano atrás

Que quadros caros! Não era mais fácil CV c mãe e combinarem de vender alguns quadros, caso ela permitisse? 🤷🏻‍♂️