Homem acusado de homicídio em João Pinheiro é preso após ficar 18 anos foragido

A Polícia Civil de João Pinheiro e a Polícia Civil do Estado de São Paulo, juntas, cumpriram um mandado de prisão preventiva em relação a um indivíduo de 58 anos de idade acusado de homicídio. O crime ocorreu em 1999 e o homem estava foragido desde 2005.

Segundo informado pela Delegacia de Polícia Civil à reportagem do JP Agora, o homicídio ocorreu no dia 1 de janeiro de 1999. Na ocasião, o suspeito Lourival Santos de Oliveira atirou três vezes no rosto de Egmar Teixeira Paixão por conta de desavenças anteriores que os dois mantinham de quando trabalhavam juntos em uma carvoaria.

À época do crime, Lourival tinha 35 anos e a vítima Egmar 17. O suspeito havia sido identificado e estava foragido desde 2005, mas foi finalmente capturado em Hortolândia, São Paulo, no dia 1 de fevereiro de 2023. Ele agora está preso e à disposição da Justiça. 

A prisão é resultado do excelente trabalho desempenhado pela Polícia Civil de João Pinheiro, que juntou diversos elementos de informação e conseguiu identificar o endereço exato do suspeito no estado de São Paulo.

Família do suspeito alega legítima defesa

Após a veiculação da reportagem, a família do suspeito entrou em contato com o JP Agora para esclarecer que Lourival agiu em legítima defesa própria e de seus demais familiares que estavam na fazenda no dia do crime. Antes de mostrar o que foi repassado pela família, a redação esclarece que divulgamos o caso conforme as informações oficiais sobre o caso, as quais não constam a versão do suspeito justamente porque ele esteve foragido por tanto tempo.

“Esse tempo todo, ele não compareceu. Então não reuniu as testemunhas, não sabem da verdade do que aconteceu. Não estava só os dois no local. Quando a vítima desceu no local para brigar já desceu com a faca falando que iria matar, resolver o problema, a pendência que eles já tinham. Eles brigaram na época porque ele trabalhava para o pai da vítima. E ai esse rapaz já dava problemas, dava carreira na família dele, tinha histórico de pessoa que bebia e dava trabalho. Ele desceu para resolver essas brigas que tinham. Ele simplesmente revidou como uma forma de defender a família. O cara está armado, você também, você vai defender sua família. O advogado está aí para explicar o que aconteceu com pedido de liberdade” destacou um familiar, que preferiu não se identificar.

Com a prisão de Lourival, o processo retomará seu curso com a designação de audiência e, depois, com a sessão do Tribunal do Júri, se assim entender a justiça. O JP Agora seguirá acompanhando o caso.