Nesta quarta-feira, 06 de setembro, uma mulher de 43 anos foi vítima de tentativa de feminicídio em sua própria casa na cidade de Paracatu. O autor se trata do marido, que mantinha a esposa em uma espécie de cárcere privado e sob constante violência física, moral, psicológica e financeira. Ele foi preso horas depois na cidade de João Pinheiro.
Segundo apurado pela reportagem do JP Agora, a mulher foi brutalmente agredida pelo marido Luiz Petronio Queiroz na casa da família. Ele saiu de casa às 07h para levar a filha à escola e, quando retornou, se apoderou de um facão e começou a dar golpes na esposa. Bastante ferida, a mulher conseguiu se livrar do marido em um primeiro instante, mas Luiz Petronio a alcançou e continuou com as agressões, desta vez com um pedaço de madeira.
Ensanguentada e já perdendo as forças, a mulher finalmente conseguiu correr até a rua, onde gritou por socorro e foi levada ao hospital por uma vizinha, onde foram constatados cortes na testa, nos braços, nos dedos das duas mãos, no couro cabeludo e lesões diversas em todo o corpo. Apesar da gravidade, logo os médicos descartaram o risco de morte. Diante do caso, a Polícia iniciou as buscas por Luiz Petrônio.
Prisão em João Pinheiro e violência doméstica de todos os tipos
A Polícia Militar de Paracatu repassou as informações de Luiz Petrônio e de seu veículo para toda a região e, horas depois, ele foi localizado e preso no bairro Papagaio em João Pinheiro, sendo encaminhado na sequência à Delegacia de Polícia Civil. Segundo informações obtidas pelo JP Agora, Luiz Petrônio mantinha a esposa sob violência doméstica constante.
Testemunhas que não quiseram se identificar relataram à Polícia que a vítima vivia em uma espécie de cárcere privado, não podia sair na rua e ter amizades porque Luiz Petrônio era bastante ciumento. Em casa, a maltratava física e psicologicamente, deixando-a sob sua dependência também sob o ponto de vista financeiro, já que também não a deixava trabalhar.
O casamento de Luiz Petrônio com a vítima já dura 20 anos, mas ela nunca teve coragem de denunciá-lo até nesta quarta-feira, 06 de setembro, quando ele quase a matou. O autor deverá permanecer preso até o seu julgamento. O JP Agora seguirá acompanhando o caso.