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Mulher diz ter feito o próprio parto e acusa Hospital Municipal de João Pinheiro de negligência

Debora Moreira relatou ao JP Agora que deu à luz sozinha no quarto depois de reclamar várias vezes com a equipe médica

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Uma pinheirense de 30 anos enviou à redação do JP Agora uma denúncia grave de negligência médica vinda do Hospital Municipal de João Pinheiro. Grávida de 31 semanas, Debora Moreira contou que deu à luz no quarto sozinha e sem a presença do médico de plantão ou de enfermeiras, mesmo depois de ter reclamado bastante que estava sentindo dores e contrações. Mesmo com toda a situação, graças a Deus sua filha passa bem. Entenda.

Debora contou que deu entrada no hospital às 23 horas do dia 06 de abril e consultou com o ginecologista que estava de plantão no Hospital Municipal Antônio Carneiro Valadares. Neste momento, ela foi informada que estava com 2 centímetros de dilatação e o médico solicitou o encaminhamento à Patos de Minas. Em razão da gravidade, a mulher foi internada até que a vaga saísse. Começava ali a luta de Debora.

A pinheirense contou à reportagem do JP Agora que, por volta das 00h, as dores foram aumentando e as contrações já estavam uma mais perto da outra, indícios de que sua filha poderia nascer de forma prematura. Ela, então, solicitou a presença do médico e, por volta das 01:20h, as enfermeiras aplicaram um corticoide e um Buscopan, mas o médico não foi até o quarto.

“Pedi para a moça que estava internada no mesmo quarto que eu para pedir a enfermeira para chamar o médico umas quatro vezes e nada, a enfermeira fez pouco caso e não chamou porque o médico não veio”, disse Debora.

Questionada sobre sua reação, Debora contou que não fez escândalo e não maltratou ninguém durante as tentativas de atendimento.

“Eu não fiz escândalo e nem maltratei ninguém. Acho que por eu estar calada acharam que eu estava mentindo. Quando uma enfermeira voltou do descanso, eu implorei para ela chamar o médico e aí então eu vi ela chamando por volta das 03:40h. Nessa hora, o médico veio e foi muito grosso comigo, fez um toque e lembrei do pessario, pedi ele para tirar, ele foi grosso e disse que não ia tirar, que quanto mais tempo segurar era melhor. Aí pedi um remédio para inibir as contratações e um remédio para dor ele disse que as dores só ia passar quando nascesse no maior pouco caso e grosseria”, desabafou Debora à reportagem do site.

Bolsa rompeu e recém nascida nasceu sem a presença de profissionais

Debora seguiu relatando à reportagem do JP Agora que a bolsa rompeu por volta das 04 horas. Neste instante, ela ainda conseguiu se levantar da cama para chamar a enfermeira, que compareceu ao quarto e confirmou que a bolsa havia rompido. Minutos depois, sua filha nasceu.

“Ela foi lá e disse que realmente tinha rompido, tentou escutar o coração e não deu, disse a ela que a bebê já estava no canal para nascer e também falei com ela que estava me dando vontade de fazer força. A enfermeira pediu para eu segurar até o médico vir me examinar, mas o médico não veio. Quando foi 04:15h deu vontade de fazer força e coloquei a mão e senti o pessário. Aí eu puxei ele e já senti minha bebê, nisso veio outra força e só deu tempo de acordar a moça que estava comigo no quarto e minha filha nasceu em meus braços. A moça correu no corredor e gritou nasceu e, aí sim, que o médico apareceu”, disse.

Com a presença do médico, ele e as enfermeiras realizaram os procedimentos de praxe e encaminharam a bebê de Debora para o bloco cirúrgico. Depois, segundo a pinheirense, o médico não voltou no quarto para saber se ela estava bem. A mãe classificou o caso como negligência.

“Em momento algum fui grossa ou maltratei alguém. Peço que me ajudem de alguma forma pois quantas mulheres já passaram por essas negligências, faltou humanidade da partes desses que dizem serem profissionais da saúde”, finalizou.

Por fim, Debora contou que sua pequena Alice Eloá está bem e pediu que divulgássemos o caso para ajudar que providências sejam adotadas. O JP Agora entrou em contato com a administração do hospital e uma nota será enviada ao site na próxima terça-feira, 11 de abril.

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Tonny moto taxi
11 meses atrás

Tem que ver que era o médico de plantão nesse dia meter os ferros essu não pode acontecer um descanso. Nao quer trabalhar fica em casa .Si essa mãe morre ? ?? E aí??? Si o bebe morre ?? E aí??

Paulo Cirino
11 meses atrás

Quem foi o médico ?????

Alguém
11 meses atrás
Resposta para  Paulo Cirino

Acho que não poderá ser divulgado.

Regilene
11 meses atrás

Gente tem que falar o nome do médico, sem medo, Edinho não e dono do mundo não, aqui é na base do grito mesmo, vc chega na upa morrendo e te mandam pra casa, João Pinheiro acabou na saúde não tem remédio nem de pressão alta nos postinhos de saúde. Mas Deus é justo o ano que vem tá chegando. Vem 2024
🙏

Gigi
11 meses atrás

Antigamente fazia parto assim

N duvido que ela tenha feito ignorancia c pessoal do hospital

Lu
11 meses atrás

Aconteceu o mesmo comigo,

Lu
11 meses atrás

Aconteceu o mesmo comigo e no mesmo hospital 😡

Tenso
11 meses atrás

É muitas denúncias… Cada coisa horrorosa, esse hospital só é bem tratado se for parente de algum funcionário, caso contrário esquece. Esperiência própria, toda vez que preciso de algo deixo claro de quem sou filho pq só assim pra de sentir com bom atendimento.