A situação dos motoristas profissionais em Minas Gerais está gerando preocupação. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), cerca de 117 mil motoristas das categorias C, D e E no estado estão com o exame toxicológico vencido há mais de 30 dias. Isso representa um risco tanto para a segurança nas estradas quanto para a regularidade dos profissionais, uma vez que o não cumprimento da obrigatoriedade do exame acarreta multas.
A exigência do exame toxicológico, que tem o objetivo de detectar o uso de substâncias entorpecentes por motoristas profissionais, foi retomada neste ano. Os condutores cujas carteiras vencem entre janeiro e junho têm até 31 de março para realizar a renovação do teste, enquanto aqueles com vencimento entre julho e dezembro devem fazê-lo até 30 de abril.
A relevância do exame é ressaltada pelos números: de 2016 a setembro de 2023, foram registrados 188,8 mil laudos positivos para drogas, contra 29,6 mil flagrantes de alcoolemia nas blitze da Lei Seca. As substâncias mais comuns encontradas nos testes são cocaína, anfetamina e a combinação de anfetamina e metanfetamina.
A empresa Stanley, responsável por realizar os exames, enfatiza que eles estão em conformidade com todas as normas do FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA). Além disso, testes realizados por laboratórios terceirizados reforçam a segurança da composição dos itens.
Esses dados ressaltam a importância do exame toxicológico como medida preventiva e de segurança. O uso de drogas por motoristas profissionais está frequentemente associado às longas jornadas de trabalho e à pressão para manter o emprego. Como resultado, há um impacto significativo tanto na segurança nas estradas quanto na saúde dos próprios motoristas.
Diante desse cenário, a regularização do exame toxicológico torna-se um passo crucial para garantir a segurança nas estradas e a saúde dos motoristas profissionais de Minas Gerais.