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Moradora de Luizlândia do Oeste (JK) aguarda 9 meses para enterrar marido morto em acidente na BR-365

Esposa da vítima entrou em contato com o JP Agora para pedir ajuda nesta quarta-feira, 26 de abril

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A redação do JP Agora recebeu uma denúncia inacreditável na manhã desta quarta-feira, 26 de abril. Trata-se da família de Marcos Ferreira de Araújo, que já aguarda longos 9 meses para poder enterrá-lo depois do seu falecimento, em julho de 2022, na BR-365. Desde o dia do acidente, o corpo segue no IML de Belo Horizonte aguardando exames, os quais, segundo os familiares, nunca terminam.

O acidente fatal de Marcos aconteceu no dia 23 de julho de 2022 no KM 254,7 da BR-365, onde ele perdeu o controle da direção do caminhão que dirigia, capotou e morreu carbonizado. À época, o JP Agora noticiou o triste acidente. A notícia da morte de um familiar já é dolorosa por natureza, mas o que a família de Marcão não sabia era que, depois de sua morte, eles teriam que passar por tanto desespero para poder enterrá-lo com dignidade.

A história chocante chegou ao conhecimento do JP Agora pela esposa de Marcos. Indignada, Iraci relatou que ela e os demais familiares do seu esposo não sabem mais o que fazer contra o descaso do Poder Público. Segundo a mulher, o corpo do marido foi para o IML de Belo Horizonte e segue por lá até hoje sem previsão de liberação.

“Ele faleceu no dia 23 de julho e está no IML de Belo Horizonte até hoje. A gente liga lá e eles mandam a gente para um lugar e para outro, empurrando a gente com a barriga. Já tem nove meses do acidente e não tivemos resposta alguma. Toda vez que a gente liga, falam que o exame não está pronto. A coleta do DNA com o irmão dele já foi feita e o material foi junto com o corpo para Belo Horizonte e nada até hoje, nem previsão” disse Iraci, emocionada, à redação do JP Agora.

Marcos era o esteio da família, que vem enfrentando dificuldades depois do acidente que vão além da dor de perdê-lo. É que, além de não poderem realizar um enterro digno ao homem, a viúva ainda não conseguiu regularizar sua situação tendo em vista que não tem certidão de óbito do marido.

“Ele é quem mantinha a casa, meus filhos. Tenho uma filha que é deficiente, precisa de fralda, de remédio, ele que mantinha ela. Aí ele morreu, não liberam o corpo para a gente enterrar, é um descaso que estão fazendo com a gente. Todos nós ligamos todos os dias e estão empurrando a gente com a barriga. Não sabemos mais o que fazer, por isso estou pedindo ajuda do JP Agora porque não estamos conseguindo mais. Está muito difícil, além de perder o ente querido ter que passar por essa humilhação, a gente não tem condições, não sei nem o que fazer, o que falar. É muito difícil o que estamos passando e eles não estão nem aí.”

Impressionados com o acontecido, o JP Agora se prontificou a noticiar os fatos como forma de pressionar as autoridades competentes a resolverem o caso com a maior brevidade possível. Nos solidarizamos com a família e reafirmamos nosso compromisso com a comunidade. Seguiremos acompanhando tudo de perto.

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