“Deixaram um estuprador solto e agora ele não é só estuprador, é também assassinado. Foi a maior covardia do mundo. Nenhuma família merece passar pelo que estamos passando”. O desabafo é da jovem Paula Fernanda Gomes, de 19 anos, sobre o crime brutal com a irmã dela. Cíntia Taís Gomes da Silva, de 21 anos, teve o corpo esquartejado e escondido em uma mala por um pedreiro de 34 anos.
O crime brutal chocou os moradores de Engenheiro Navarro, uma pequena cidade do Norte de Minas Gerais com cerca de 7 mil habitantes. A mulher estava desaparecida desde o último dia 8 de abril e, nesta quarta-feira (14), o corpo dela foi encontrado na casa do suspeito. A vítima será enterrada nesta quinta-feira (15).
De acordo com a Polícia Militar, vizinhos que sentiram um forte odor vindo da casa do suspeito e viram muitas moscas no local, decidiram acionar os militares. A casa estava aberta, mas o morador não estava no local. Ao entrar na residência os policiais encontraram uma mala fechada no quarto do suspeito e com rastros de sangue pela casa. Dentro dela, estava o corpo de Cíntia completamente esquartejado.
O suspeito foi encontrado no centro da cidade jogando uma partida de sinuca em um bar. Os policiais encontraram uma faca na cintura do homem. Ao ser questionado sobre o ocorrido, ele alegou que no dia 8 de abril encontrou com a vítima e os dois compraram quatro cervejas e beberam em uma praça da cidade. Na versão dele, Cíntia teria feito uso de crack e os dois foram para a casa dele. Na residência, os dois teriam feito uso também de cocaína e a vítima teria usado mais crack.
Ainda segundo o suspeito, durante a madrugada do dia 9 de abril, a mulher começou a ter uma convulsão e depois morreu, supostamente de uma overdose por drogas. O homem a enrrolou em colchões, mas como ela começou a inchar, ele foi até um supermercado e comprou sacos plásticos para colocá-la dentro.
Na última terça-feira (13) ele teria levado a mulher para o chuveiro e resolveu esquartejá-la com o intuito de ficar mais fácil de esconder o corpo. Ele usou a faca que portava quando foi preso para cometer o crime. O pedreiro disse ainda, para a Polícia Militar, que queria sumir com o corpo por que ficou com medo de ser acusado da morte de Cíntia. O corpo ficou no quarto dele por cinco dias, do dia 9 de abril, quando ocorreu a morte até esta quarta.
Polícia trabalha com hipótese de feminicídio e suspeita de estupro antes do crime
Para a Polícia Civil a linha de investigação é feminicídio. O delegado Leonardo Diniz não acredita na versão de overdose. Segundo ele, a polícia fez uma reconstituição do crime e “ficou evidenciado que após a suposta overdose, para nós não houve overdose nenhuma, ele abandou o corpo na residência e ficou pensando o que fazer com ele e, deliberadamente, decidiu esquartejar o corpo e colocar os pedaços em uma mala. O que não coube ele colocou em sacos de lixo. E ele iria arrumar um carro emprestado para realmente consumir com o corpo. Os membros foram cortados com uma faca. Ele já trabalhou em açougue. Ele só não conseguiu ocultar o corpo por não ter transporte. Primeiramente ele tentou empacotar o corpo com espumas, mas ficou muito grande e não caberia no veículo então ele decidiu esquartejar e colocar na mala e dispensar o corpo”, contou o policial.
Segundo ele, a polícia apura também se houve violência sexual antes do feminicídio. O suspeito já tem passagem pela polícia pelo crime de estupro cometidos em 2011 e 2012 nas cidades de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte e Bambuí, no Sul de Minas, ele tinha cumprido penas e estava solto. “Pedimos expressamente para que fossem feitos exames de violência sexual contra a vitima. É possível sim que ele tenha cometido o crime até em virtude de um abuso sexual contra ela”, ressalta.
De acordo com Diniz, vítima e suspeito tinham um relacionamento amoroso. Antes do casal ir para a casa do homem, eles tinham comprado velas, já que a residência está sem energia elétrica. “Ele confessa a ocultação do cadáver, ele queria consumir com o corpo dela. Ele só nega o feminicídio dizendo que ela teve uma overdose lá na residência dele e etc, mas já pedimos isso ao médico legista e será periciado se ela tinha consumido alguma substância entorpecente para vermos se procede ou não essa hipótese”, complementa.
A família da vítima também acredita que o homem pode ter tentado abusar sexualmente dela e a matou. “Ele deve ter tentado estuprar ela, mas ela não é besta. Com certeza ela tentou se defender e ele acabou cometendo essa barbaridade. Ela era uma pessoa muito boa, nunca fez mal para ninguém e era muito importante para família”, ressaltou Fernanda.
Vítima tinha o sonho de ter a casa própria
A irmã de Cíntia, contou que a vítima estava desempregada no momento e a família não tinha conhecimento dela fazer uso de drogas. “Ela estudou até o ensino médio e tinha o sonho de ter a casa própria. Era a filha mais velha de três irmãos. Minha mãe está desolada”, lamenta.
A última vez que a mulher tinha sido vista foi na praça citada pelo suspeito. Ela tinha saido em um carro branco. Na época o pedreiro tinha sido visto com ela e, ao ser questionado sobre o desaparecimento, ele disse apenas que tinha bebido com ela e dado dinheiro para ela comprar drogas e que depois não a viu mais. A família iniciou uma campanha pela internet para tentar encontrá-la.
A perícia da Polícia Civil foi acionada para o local. O pedreiro foi preso e a faca utilizada no crime apreendida. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Bocaiúva no Norte de Minas.
Por nota a Polícia Civil informou que “a Polícia Civil de Minas Gerais enviou equipe da perícia criminal ao local dos fatos para realizar os primeiros levantamentos e todas as providências estão sendo adotadas. Em relação ao suspeito, de 34 anos, ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Plantão de Bocaiúva, e a ocorrência encontra-se em andamento. Sobre a vítima, o corpo, encontrado esquartejado em uma mala, está sendo submetido a exames no Posto Médico Legal de Montes Claros”.
Ler uma notícia desta da um apertado ruim no coração, forças pra família da moça
Quanta barbaridade, meu Deus! Pessoas que não buscam Deus, infelizmente dá nisso, deixam a maldade se enraizar dentro delas , e acabam cometendo esses tipos de atrocidades….Jesus tenha misericórdia de nós!