Mulher é vítima de homofobia e agressão durante evento em Brasilândia de Minas

Após as agressões a vítima foi socorrida para o Pronto Atendimento da cidade; o autor foi preso mas liberado após assinar um TCO

Uma confusão no final da primeira edição do Churrascando Country em Brasilândia de Minas deixou a comunidade local revoltada após uma mulher homossexual, Bruna Silva de Andrade, de 30 anos, ser vítima de agressão verbal e física durante o evento. O agressor, Elio de Sales de 54 anos, foi preso, mas liberado após a lavratura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

A vítima, indignada, compartilhou sua história nas redes sociais, alegando ter sido vítima de homofobia e agressão. Segundo ela, o homem de 54 anos a atormentava com piadas sobre sua sexualidade e chegou a dizer que a agrediria se a visse beijando outra mulher. A situação se agravou durante o evento, quando o homem começou a fazer comentários homofobicos. Amigos de Bruna o afastaram e a própria vítima, antes de ser agredida fisicamente, alertou os policiais presentes sobre a situação.

Contudo, Elio se aproximou novamente, e uma confusão começou. Bruna tentou conversar com o homem, mas foi agredida com um soco no rosto, que resultou em um corte no lábio. “Do nada aparece o indivíduo de novo pra cima da gente, meus amigos tiraram ele de perto de mim, empurraram ele, e começou uma confusão, de repente as pessoas pegaram ele e levaram para um canto, fui conversar com ele pra pedir que ele parasse, e quando eu cheguei próximo, ele me deu um murro na cara”, desabafou a mulher.

Após ser agredida com um soco brutal na cara, Bruna foi levada ao Pronto Atendimento da cidade, onde passou por atendimento médico. De acordo com a Polícia, após a agressão sofrida por Bruna, um grupo de pessoas que presenciou a cena ficou indignado e tentou fazer justiça com as próprias mãos, cercando Elio de Sales. Os policiais, percebendo a tensão no local, utilizaram spray de pimenta para dispersar o grupo e evitar que a situação se agravasse ainda mais. Elio foi detido e levado ao hospital para receber atendimento médico.

Em seu depoimento para a Polícia, Elio de Sales, por sua vez, alegou que apenas empurrou e acertou o rosto de Bruna, justificando que ela estaria se aproximando de sua namorada e, portanto, sentiu ciúmes. No entanto, várias testemunhas ouvidas pela polícia corroboraram a versão de Bruna. Após ser preso e levado ao hospital, Elio foi liberado ao assinar o Termo Circunstanciado de Ocorrência.

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Que absurdo

Relaxa seu safado na hora que eu botar a mão em vc só vai sobrar os dentes bater em mulher e fácil quero ver vc tromba de frente comigo

Um absurdo não terem o levado ao Delegado de plantão!

É pq vc não sabe q nesse caso a PM faz o TCO. Esse é o procedimento correto

“Em 2019, o STF decidiu que a homofobia é um crime imprescritível e inafiançável. Na decisão, o STF entendeu que se aplicava aos casos de homofobia e transfobia a lei do Racismo (Lei n 7.716/1989). O artigo 20 da lei em questão prevê pena de um a três anos de reclusão e multa para quem incorrer nessa conduta. Há, ainda, a possibilidade de enquadrar uma ofensa homofóbica como injúria, segundo o artigo 140, §3º do CP

TCO é apenas para crimes de menor potencial ofensivo, os policiais foram omissos nessa ocorrência. E a justiça vai mostrar isso.

Então para isso q existe a Polícia Civil. De agora em diante entra a fase investigava, onde é instaurado o competente inquérito policial, pela sua colocação vc quer dizer q a PM tem que usurpar a função da Polícia Civil.

Aprende a ler, o cara tá falando que devia ter apresentado ao Delegado de plantão, parece bobo.

Além do crime de homofobia o autor agrediu fisicamente a vítima o que majora a agressão.

Deve ser um mandioca de coturno.

Acredito que o comandante deveria justificar a atitude de seus policiais nessa ocorrência.

Todo mundo conhece o Élio, inclusive aqui em João Pinheiro onde ele vinha direto buscar meninas novas e menor de idade pra lembra pra casa dele, agora, que ele era homofóbico eu nem sabia.

Devia ter sido apresentado ao Delegado de plantão! Ainda está em flagrante essa ocorrência, cadê a polícia?!

Mais um caso em Brasilândia de Minas que não resulta em prisão, está se normalizando a impunidade, triste cena que vimos na televisão todos os dias, vítimas de feminicídio que fizeram diversos pedidos de socorro e perderam a vida. A mulher tem seu valor, justiça por elas em nossa cidade. Todo mundo tem direito de ir e vim, cadê as leis pra fazer as pessoas conviverem em sociedade.

Ne minha época ia parar em João Pinheiro #revoltado

Brasilândia sendo Brasilândia.

Espaço lá deve ser bem pequeno hen . Pro cara ser atormentado a festa toda e não ir pra outro lugar…