A cultura de João Pinheiro está mais viva do que nunca. Na semana passada, servidores da Casa da Cultura municipal colocaram em prática o projeto Nozinhos de Sant’Ana, que objetiva unir a fé e a cultura do povo pinheirense através de fitinhas amarradas nas grades da Igrejinha de Santana, localizada no Bairro Divinópolis.
O JP Agora entrevistou a servidora municipal Vera Coelho, uma das idealizadoras do projeto. Ela nos contou que a ideia surgiu através de uma conversa entre ela e os servidores Ricardo e Dudu como forma de unir a fé e a cultura pinheirense na Igrejinha de Sant’Ana, réplica da primeira igreja da Vila Santana do Alegre. Para que o projeto tome forma, a comunidade deve aderir à ideia, contou Vera.
As fitinhas já estão disponibilizadas próximo à grade onde elas devem ser amarradas. Depois de pedir uma graça, a pessoa amarra uma delas e espera pela benção pretendida.
“Nos inspiramos nos modelos que a gente vê pelo Brasil afora, que é o hábito de atrelar um nozinho de uma fita e pedir uma graça a Deus. Pensamos o quanto ficará bonita a entrada da nossa igrejinha quando estiver cheias de fitinhas, um colorido muito bonito. Colocamos no dia 17 e já vimos um primeiro reflexo e as fitinhas que deixamos não sobrou nenhuma. O pessoal acolheu muito bem” contou Vera em entrevista ao JP Agora sobre os primeiros dias do projeto.
A história das fitinhas, segundo a Casa da Cultura de João Pinheiro
O uso das fitas advém do antigo costume de utilizar tiras de roupas dos santos para alcançar sorte e proteção. As roupas tornaram-se difíceis de serem encontradas e foram substituídas por fitas coloridas e as primeiras foram fabricadas artesanalmente em 1809.
Elas são reflexo do processo da colonização brasileira, ricas em significados culturais. Evidenciam a fusão religiosa por meio de seus múltiplos simbolismos; expressando os anseios, sonhos e esperanças populares.
A Casa da Cultura convida toda a comunidade pinheirense para conhecer e participar. Visite o local, peça uma graça e amarre sua fitinha!
Vera Coelho e Ricardo Henrique, servidores da Casa da Cultura, escreveram um lindo poema sobre o tema. Confira a íntegra a seguir.
Nozinhos de Sant’Ana
Com fé e devoção
Faz-se um pedido
Amarram-se os “Nozinhos de Sant’Ana”
Cada qual com seu sentido
Alegre era o boi
Que ali graça nos dava
Com o nome de Sant’Ana
A igrejinha se consagrava
Mesmo que haja nós
Atados no coração
Os “Nozinhos de Sant’Ana”
De todos te livrarão
Com amor e muita fé
Nosso passado é refeito
Sou devoto de Sant’Ana
E o Alegre carrego no peito.
Parabenizar a Casa Cultura e todos colaboradores
Muito interessante. Lembro no meu tempo de criança da Igreja antiga. Mas não sabia da réplica da antiga Igreja.Onde fica? A casa da Cultura hoje era um sobrado velho e antigo abandonado onde as crianças das imediações faziam grandes peraltices e eu no meio. Depois de restaurado voltei uma vez lá. Passou um filme na minha cabeça..
.foi emocionante. Parabéns!!!
Em vários locais pelo país praticam esse ato de fé, porém as fitas são silkadas com o nome da padroeira e vendidas a fim de angariar fundos para a entidade.
Êxodo 32:2-10 – Cuidado com a Religiosidade.
Salve Maria Imaculada e Viva Cristo Rey ?❤️
Senhor tenha misericórdia deste povo, eles não sabem o q fazem, vender fitinha ,será q não lêem a Bíblia, foi por isso q Jesus expulsou os comerciantes do templo, fazendo comércio com objetivo de obter lucro, meu Deus, misericórdia desse povo IDÓLATRA.