Moradores do Bairro Santa Cruz que usavam o transporte coletivo até o Centro de João Pinheiro realizaram um abaixo assinado pela volta do serviço na cidade. Dois meses atrás, a empresa JReis abandonou o serviço depois de 15 anos levando e trazendo moradores por todo o município.
O documento foi protocolado no Ministério Público e na Prefeitura Municipal de João Pinheiro e a reportagem do JP Agora esteve presente. Ouvimos duas moradoras do Santa Cruz, que manifestaram pela volta do transporte coletivo.
“Tem muita gente no Santa Cruz que é muito pobre e não tem condição de pagar um mototáxi, que é R$8,00. Tem gente que não tem condições, necessita do ônibus, do coletivo, é muito longe. Então nós necessitamos, eu falei com o prefeito na casa do sogro dele, ele prometeu que ia arrumar um coletivo, mas até hoje ele não arrumou nada” disse a moradora Nívea Aparecida de Souza, 55 anos.
Dona Nívea seguiu dizendo que vem reclamando diariamente por uma solução na prefeitura. “Todo dia eu ligo e não encontro o prefeito, só encontro o Deri. Ninguém encontra o Edinho na prefeitura. Tem muito aposentado que necessita de vir na rua receber seu dinheirinho e não tem como por causa do coletivo. Eu venho sempre com meu genro, eu pago a gasolina e ele me traz” finalizou Nívea.
Lidiane Eliziaria, 30 anos, ressaltou que a cidade de João Pinheiro é muito grande e que precisa ter um transporte coletivo. “A linha do JReis é privada, só que a cidade é grande, tem mais de 47 mil habitantes de acordo com o último senso e a gente pede a solução do problema. O coletivo circulava há mais de 15 anos e acabou há dois meses. Pedimos, pela misericórdia, uma solução da prefeitura, do Ministério Público, para ter de volta esse direito. Tem várias cidades que sempre tem uma lotação, já João Pinheiro não tem” disse a moradora.
Empresa alegou que o transporte coletivo se tornou insustentável
Em junho, a redação do JP Agora ouviu a empresa que fazia o transporte coletivo na cidade de João Pinheiro assim que soube que ela iria encerrar as atividades. A alta do diesel e a chegada de aplicativos de transporte foram cruciais para o fim da única linha que operava na cidade.
“A Reportagem do site conversou com Lorena, que se identificou como responsável pela empresa. Ela contou que o transporte de passageiros ficou completamente insustentável com a alta do diesel e também em função da chegada de aplicativos de mobilidade urbana. Disse, ainda, que a própria J Reis estava tirando dinheiro do próprio caixa para complementar o combustível.
“Não tem condições nenhuma da empresa arcar. Todo dia, tiramos 200 a 300 reais do próprio bolso para inteirar no combustível. A prefeitura não ajuda nem com 50 centavos. É muita gente andando de graça. A prefeitura não quer saber se você tem despesa ou não tem, tudo é a empresa que arca. Nunca recebemos ajuda nenhuma da prefeitura. Depois que apareceu o Uber aí que piorou mesmo porque uma corrida do Uber é R$8,00 e nossa passagem é R$4,00” destacou Lorena.
Lorena pontuou que a demanda pelo coletivo diminuiu muito, já que a maioria dos possíveis usuários prefere pagar pelo motorista de aplicativo do que pela passagem, principalmente porque a corrida do Uber custa R$8,00 e pode levar mais de um passageiro. Por todos estes motivos, a empresa optou por finalizar as atividades do coletivo. O último dia de funcionamento foi ontem, terça-feira 21 de junho de 2022.
O abaixo assinado foi protocolado no Ministério Público e na Prefeitura Municipal de João Pinheiro. O JP Agora continuará acompanhando o caso.
Tem que fiscalizar os uber eles não pagar imposto nada um absurdo só a favor do coletivo e moto táxi
Vou descobrir quem fes esse comentário usando meu nome aguarde fila da puta vou fala mau do melhor prefeito jp já teve? E moto taxi virou bosta só clandestino