A Polícia Militar de João Pinheiro realizou, nesta terça-feira (19), uma ação de prevenção à violência doméstica contra a mulher no Centro da cidade. Foram distribuídos panfletos em forma de conscientização principalmente a respeito da importância do registro de ocorrências dessa natureza.
“Temos a situação grave que causa comoção social que é o crime de estupro e estupro de vulnerável, qualquer ato sexual ou ato libidinoso com menor de 14 anos. Aqui na nossa cidade temos tido alguns registros de estupro de vulnerável e a pena varia de 8 a 15 anos, podendo ainda ser aumentada, e essa situação do estupro de vulnerável acontece muitas vezes dentro do ambiente familiar. Por isso, a gente vem fazendo o alerta às vítimas e às famílias que deem atenção à situação, devem sempre estar muito atentos principalmente às crianças. Os crimes mais recentes que tiveram o acionamento via 190 tiveram prisão do autor, então a gente orienta a denunciar, que se faça a denúncia”, destacou a Cabo Bruna, da PMMG.
Também ouvida pela reportagem do JP Agora, a Soldado Deborah destacou como as pessoas podem realizar os registros das ocorrências de violência doméstica e comentou sobre a atuação específica da Polícia Militar nestes casos.
“Estamos aqui realizando blitz educativa com intuito de conscientizar a população para registrar, para formalizar essas ocorrências para que a polícia possa atuar de forma preventiva. Os registros podem ser feitos através da polícia civil, da polícia militar ou através do 181. No momento do flagrante, pode ligar 190. A Polícia Militar está realizando visitas a essas ocorrências analisando os casos mais graves, os históricos dos envolvidos e fazendo acompanhamento das partes envolvidas para que o caso não evolua. A PMMG oferece um serviço de prevenção à violência doméstica. Ela atua no atendimento mais humanizado à vítima de violência doméstica”, disse a Soldado Deborah.
Por fim, o Tenente Marcos falou à imprensa sobre o aumento de casos de feminicídio em todo o país, assim como o aumento de denúncias de violência doméstica como um todo, o que, segundo ele, aponta que as mulheres vítimas estão denunciando mais.
“O feminicídio é a forma mais grave da violência doméstica. A violência doméstica se manifesta com agressões, ameaças, ameaças psicológicas, violência sexual, então é constante isso. Estamos vendo um número de casos de violência doméstica não só em João Pinheiro. O que a gente verifica hoje é que as mulheres assumiram seu lugar, seu papel de protagonismo na sociedade e está buscando mais seus direitos, enfrentar esse agressor. Quando a gente fala de feminicídio, tivemos um aumento de 20% no Brasil no ano passado, é um número alarmante, a cada 6 horas morre uma mulher, 4 vítimas por dia, então precisamos sempre combater a violência doméstica em todos os seus graus”, destacou o militar.
O JP Agora apoia a causa do combate à violência doméstica. Se você é vítima, não hesite em denunciar, seja para a Polícia Civil, seja para a PM ou de forma anônima pelo 181.
