Moradores das regiões do Imbiruçu e do Teresópolis, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, começaram a receber, na manhã desta terça-feira (24), álcool líquido 70% de forma gratuita, fornecido pela Prefeitura de Betim. A medida foi anunciada pelo prefeito Vittorio Medioli no último fim de semana e faz parte do Plano Emergencial de Combate à Pandemia (PECPa).
Os 120 mil litros do produto, doado pela Sada Bioenergia – empresa de Medioli, sediada em Jaíba, no Norte do Estado – seriam inicialmente fracionados em porções de, no máximo, 300 mL, em 360 mil frascos envasados pela Fazenda Vale Verde, que produz aguardente na região de Vianópolis.
No entanto, de acordo com o prefeito, para não perder mais tempo no combate à pandemia, a distribuição começou hoje, por meio de caminhões, estacionados em pontos estratégicos dos bairros.
Para isso, os interessados devem levar apenas uma garrafinha plástica e aguardar na fila – que está tendo a distância mínima monitorada. “Tudo está sendo feito de forma a garantir a segurança da população, evitando aglomerações, mantendo distância entre as pessoas e usando todos os equipamentos de proteção. Não há necessidade de pânico para pegar o álcool. A partir de amanhã, as pessoas receberão os frascos em suas casas, de forma ainda mais segura. Se cada um fizer a sua parte, logo estaremos livres desse vírus”, afirmou Medioli em sua rede social.
O motorista de aplicativo Lucas Ferreira Dias, de 30 anos, esteve na regional Teresópolis e garantiu sua garrafinha de álcool. Ele disse que pretende usar tanto no carro quanto em casa, onde mora com a esposa e a filha, de 5 anos. “Estamos tentando respeitar o isolamento o máximo que podemos, mas preciso sair para trabalhar. Fiquei sabendo que teria essa distribuição e corri para a fila, porque é uma maneira de garantir ainda mais segurança. Rodo em diversos bairros da região metropolitana e não estava conseguindo encontrar em lugar nenhum. Agora estou um pouco mais tranquilo”, afirmou.
Além de ajudar no controle da epidemia, o objetivo da prefeitura é alcançar a população que não tem condições de comprar e, com isso, forçar uma baixa no valor do produto, que tem sido vendido por preços até 400% mais altos em relação ao seu custo inicial.