Prefeitura de João Pinheiro exonera secretário adjunto preso na operação policial “Desmantelo 038”

O secretário adjunto da Prefeitura Municipal de João Pinheiro Jordy Afonso Oliveira, que foi preso nesta quinta-feira (11) na Operação Desmantelo 038, foi exonerado de seu cargo. A decisão partiu do próprio prefeito Edmar Xavier e foi publicada ainda ontem.

Jordy foi um dos cinco presos na operação que investiga uma suposta organização criminosa especializada no tráfico de drogas. A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Civil, a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal.

Foram expedidos onze mandados de prisões temporárias e 25 mandados de busca e apreensão em João Pinheiro, além de um na cidade de Brasilândia de Minas. O então secretário adjunto exercia o cargo há 3 meses. Ele tentou se livrar da prisão alegando que a droga era para consumo e chegou a levantar a tese recente do STF, mas o pedido não foi acolhido pelo juiz e sua prisão preventiva foi decretada.

Jordy Afonso Oliveira, que ocupava o cargo comissionado de Secretário Adjunto do poder executivo de João Pinheiro. No último mês, recebeu R$10.680,67 (dez mil, seiscentos e oitenta reais e sessenta e sete centavos) sendo que R$5.825,82 foi apenas de gratificação da Administração Municipal de João Pinheiro.

O que diz a defesa

A prisão preventiva de Jordy Afonso de Oliveira foi revogada na tarde de sexta-feira, 12 de julho, e ele foi colocado imediatamente em liberdade. O advogado Dr. Leonardo Vasconcelos, contratado por Jordy para sua defesa, informou que protocolou o pedido de revogação da prisão preventiva no mesmo dia de sua detenção, e na tarde de sexta-feira, o Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca acatou o pedido e revogou a prisão de Jordy, colocando-o em liberdade imediatamente.

Segundo Dr. Leonardo Vasconcelos, a decisão que revogou a prisão concluiu que não houve elementos suficientes para indicar a autoria de Jordy em crimes de associação para o tráfico, organização criminosa, tráfico ou outros crimes previstos na Lei n. 10.826/2003.

Dr. Leonardo Vasconcelos também destacou que não existe qualquer crime praticado por Jordy contra a Administração Pública, especificamente o Município de João Pinheiro, e que sua remuneração no exercício da função de Secretário Adjunto de Esportes está correta. Ele explicou que o salário líquido mensal de Jordy era de aproximadamente R$ 5.800,00, mas no primeiro mês de sua contratação, ele recebeu apenas cerca de R$ 800,00. A diferença não recebida no primeiro mês foi lançada no mês seguinte como gratificação para compensação do valor não recebido anteriormente. Por isso, o contracheque divulgado na reportagem apresentava o valor de aproximadamente R$ 10.000,00, que equivalia à soma de sua remuneração normal e à gratificação não recebida no mês anterior. Dr. Leonardo ainda afirmou que a divulgação do valor da remuneração no contracheque pela imprensa não tem nenhuma relação com a operação policial realizada, e que provavelmente Jordy foi vítima de perseguição política, por ser ano eleitoral.