O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou o recurso interposto pelos advogados de defesa de Angelina Ferreira no caso do homicídio brutal de Mara Cristina, mantendo o resultado do julgamento que a condenou a 30 anos de reclusão. O acórdão com o resultado do julgamento foi publicado nesta quinta-feira, 13 de abril. Veja os principais pontos a seguir.
No recurso, os advogados apresentaram pontos que, sob a ótica deles, culminariam na anulação do julgamento e na necessidade de realização de outro. Tais argumentos, denominados preliminares, foram todos afastados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A primeira preliminar dizia respeito à ordem judicial que determinou o desentranhamento de documentos juntados pelos advogados de Angelina três dias antes do julgamento. O tribunal, então, manteve a posição da justiça pinheirense, mantendo a ordem de retirada dos referidos documentos porque foram juntados já na parte da noite do último dia do prazo, impossibilitando que o Ministério Público tivesse ciência do teor deles.
Adiante, os advogados sustentaram que um dos jurados havia adiantado seu voto durante o julgamento, o que, segundo eles, culminaria na anulação do julgamento. Contudo, o tribunal afastou referido argumento apontando que a manifestação do jurado não influenciou os demais e tampouco serviu como adiantamento de seu voto.
A terceira preliminar combatia os quesitos apresentados aos jurados. O tribunal, então, não reconheceu qualquer tipo de vício na forma como os quesitos foram apresentados e confirmou a legalidade do ato. Por fim, os advogados alegaram que o Ministério Público teria utilizado o silêncio de Angelina contra ela durante os debates, mas tal afirmação também foi afastada pelo tribunal, que assistiu o julgamento e não vislumbrou tal irregularidade.
Julgamento foi confirmado e pena de 30 anos foi mantida
Passados mais de 4 anos, o crime cometido por Angelina no fatídico 15 de outubro de 2018 ainda choca em razão da crueldade como foi cometido. A mulher amarrou a vítima Mara Cristina pelo pescoço a uma árvore e, com uma faca, retirou o bebê de 8 meses que ela gestava. Depois, com o recém-nascido nas mãos, Angelina deu entrada no hospital alegando que a criança era dela.
Mara Cristina faleceu no local em razão dos ferimentos e o caso ganhou repercussão nacional. Submetida ao julgamento do Tribunal do Júri, depois de 16 horas de longos debates, Angelina foi condenada a 30 anos de prisão por todos os crimes brutalmente cometidos, sendo reconhecida a autoria e materialidade destes.
Muito se falou, durante o processo, sobre eventual inimputabilidade de Angelina, que seria derivada de sua possível confusão mental suficiente para não responder por seus atos. A defesa, inclusive, sustentou tal tese durante a sessão do Tribunal do Júri no sentido de que ela deveria ser internada e não presa. A esse respeito, os jurados votaram e decidiram que Angelina estava consciente do que fazia e deveria ser condenada à prisão.
Então, a decisão do Tribunal do Júri foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Os advogados de Angelina ainda podem recorrer. Enquanto isso, ela segue presa no Presídio de João Pinheiro. O JP Agora seguirá acompanhando de perto todos os andamentos do processo.
Esse demônio tem q morre na cadeia um trem desse merece nunca mais sair na rua
Tinha ki ter sido condenada cem anos asassinada cruel deixou duas crianças órfã
Ainda bem que a justiça reconheceu,se esse crime não for bárbaro nem um outro pode ser, essa mulher e um monstro.