Aconteceu, no dia 23 de novembro, a sessão de julgamento do Tribunal do Júri do pinheirense Fabiano Aparecido Pereira, que era acusado de matar o jovem Antônio Carlos, de 18 anos, em setembro de 2021. O réu foi absolvido da acusação após um dia inteiro de oitiva de testemunhas e debates entre acusação e defesa. Patrocinou a defesa do réu os advogados Iuri Furtado e Jamir Andrade.
Fabiano respondeu às acusações de homicídio e tentativa de homicídio ao lado de Washington Marques Barbosa. No curso da ação penal, o processo foi desmembrado e Washington foi julgado pelo Tribunal do Júri em agosto deste ano, quando foi absolvido de todas as acusações porque sua participação no crime não restou comprovada.
Segundo apurado pelo JP Agora, a tese da defesa de Fabiano que foi acolhida pelo conselho de sentença consistia em legítima defesa para o homicídio e ausência de materialidade para as tentativas de homicídio. A seguir, nossa redação preparou um resumo do que foi produzido de prova na sessão de julgamento que, mais tarde, foi acolhido pelos jurados.
Confusão durante festa na casa da irmã de um dos acusados
O crime aconteceu no dia 13 de setembro de 2021. Naquela tarde, os réus estavam na casa de uma irmã de Washington confraternizando quando um terceiro começou a insultar a jovem. Uma discussão se iniciou e Fabiano, acompanhado de Washington, saíram do local e retornaram depois. À época, o JP Agora noticiou o fato de acordo com o que a PM constou no boletim de ocorrência.
Na acusação apresentada pelo Ministério Público, Fabiano saiu da casa para buscar uma arma e retornou para matar Antônio Carlos. No entanto, em sua defesa, o réu afirmou que foi em casa tomar banho porque iria para outro lugar, mas antes teria que buscar outra jovem em um endereço próximo ao lado da casa onde a confusão aconteceu. Ele alegou, ainda, que a vítima Antônio Carlos o ameaçou com uma faca e chegou a agredi-lo, cortando o seu dedo durante a briga anterior.
Então, temendo por uma emboscada, considerando que o endereço que teria que passar era ao lado da casa onde a vítima estava, Fabiano resolveu ir armado. De acordo com a versão apresentada pela defesa e acolhida pelos jurados, assim que Fabiano se aproximou, a vítima saiu em direção ao veículo armado com uma faca e tentou acertá-lo novamente. Foi então que Fabiano alegou que efetuou um disparo de arma de fogo para cima e saiu do local sem saber se teria atingido Antônio Carlos.
O tiro acertou e matou o jovem, mas a tese de legítima defesa foi acolhida. As acusações de tentativa de homicídio foram afastadas pelos advogados em razão das inúmeras inconsistências das versões das vítimas em contraponto com o testemunho dos policiais militares e de pessoas que presenciaram o crime.
Então, finalizados os debates entre a promotoria e os advogados Iuri Furtado e Jamir Andrade, os jurados acolheram integralmente as teses da defesa e Fabiano foi absolvido de todas as acusações. Ele ficou preso mais de um ano e foi solto na manhã desta quinta-feira (24).