As exportações do agronegócio mineiro alcançaram recorde de US$ 14,2 bilhões no acumulado de janeiro a novembro deste ano. Mesmo sem contabilizar dezembro, os números apontam para o melhor resultado das vendas externas de toda a série histórica.
No acumulado do ano, a receita teve acréscimo de 49%, na comparação com o mesmo período de 2021. As vendas do agronegócio obtiveram crescimento superior a outros importantes setores, como o de mineração e metalurgia.
Os embarques de produtos agropecuários de Minas Gerais representaram 38,2% de toda a pauta mineira, o maior percentual da série histórica, com início em 1997.
“Esse recorde é resultado da alta demanda por alimentos em todo o mundo e a consequente valorização dos preços praticados no mercado internacional. E o produtor mineiro está pronto para atender a essa demanda”, avalia o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes.
Principais mercados
Os produtos agropecuários produzidos no estado foram comercializados em 175 países. Os principais destinos foram China (US$ 4,3 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,5 bilhão), Alemanha (US$ 1,4 bilhão), Itália (US$ 731 milhões) e Bélgica (US$ 640 milhões).
Café
Principal produto da pauta de exportações do agronegócio mineiro, o café também foi favorecido pela melhora nos preços no mercado internacional e o aumento da demanda. O valor alcançou US$ 6,3 bilhões, com crescimento de 63% na comparação com o ano anterior. O volume negociado foi de 26,1 milhões de sacas, um aumento de 4,7%. Os números já indicam a melhor marca para a receita do café.
O café mineiro foi enviado para 85 países, sendo quatro estreantes: Iraque, Guiana, Áustria e Angola. O ranking dos principais destinos foi liderado por Alemanha (US$ 1,3 bilhão), Estados Unidos (US$ 1,2 bilhão), Bélgica (US$ 638 milhões), Itália (US$ 614 milhões) e Japão (US$ 289 milhões).
Complexo soja
As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) somaram US$ 3,4 bilhões. O grão é o carro-chefe e representa 93% do valor alcançado pelo segmento. A receita contabilizada do setor aumentou 50%, devido, principalmente, ao crescimento da demanda chinesa.
Carnes
O setor de carnes registrou a receita de US$ 1,6 bilhão (+49,5%) com o embarque de 384 mil toneladas (+20%). O resultado garantiu o melhor resultado para o setor.
A carne bovina liderou as vendas do segmento com US$ 1,2 bilhão e 211 mil toneladas, com crescimento de 59% no valor e 17% no volume. Este foi o melhor resultado para as vendas dessa proteína. A China contribuiu para o aquecimento das vendas e aumentou em 54% as suas compras.
A comercialização da carne de frango alcançou US$ 311 milhões e 148 mil toneladas, com acréscimos de 45% e 13%, respectivamente. A China liderou as compras, seguida de Emirados Árabes e Singapura, que obtiveram significativos acréscimos de 123% e 286%, respectivamente.
Complexo sucroalcooleiro
A receita das vendas desse segmento registrou US$ 1,3 bilhão e 3,3 milhões de toneladas, representando acréscimos de 20,6% no valor e decréscimo de 1,8% no volume. O açúcar, principal componente do complexo, obteve 11,7% de aumento no valor arrecado, fruto da valorização dos preços pagos e abertura de nove novos destinos.
Principais produtos exportados (janeiro a novembro):
- Café: US$ 6,3 bilhões
- Complexo Soja: US$ 3,4 bilhões
- Carnes: US$ 1,6 bilhão
- Complexo sucroalcooleiro: US$ 1,3 bilhão